do R7
Prefeitura de Angra dos Reis, ainda sob o impacto da tragédia, pediu que empresa desligasse suas usinas nucleares, por medida de segurança. Othon Pinheiro da Silva respondeu dizendo que é preciso “manter a serenidade”
O diretor-presidente da Eletronuclear, empresa que controla as usinas nucleares Angra 1 e Angra 2, Othon Luiz Pinheiro da Silva, afirmou não achar necessário desligá-las, como pediu a Prefeitura de Angra dos Reis. Ele disse que não vê nenhum motivo para o desligamento.
– Entendemos a preocupação do prefeito, o nervosismo, mas não é o caso [de desligar].
A assessoria de imprensa da prefeitura informou que o pedido de desligamento foi feito devido ao fato de um trecho de três quilômetros da rodovia Rio-Santos estar bloqueado. Dessa maneira, em um eventual acidente nuclear, a saída da cidade estaria prejudicada.
Pinheiro da Silva disse que, se “houver a mais remota dúvida” de que o desligamento é necessário, ele pode ser feito sem problemas. Ele destacou ainda que está em “sintonia” com a Defesa Civil para decidir o que fazer.
– Nessas horas tem que manter a serenidade. Entendo a calamidade, mas no momento estamos em sintonia com a Defesa Civil. Não tem problema em desligar, mas não é o caso de parar por essa razão.
Em nota em seu site, a Eletronorte diz que as usinas estão “funcionando normalmente, fornecendo energia a plena carga, não tendo sido em nada afetadas pelos eventos ocorridos”.
Ao menos 41 já morreram em Angra dos Reis após deslizamentos de terras causados pela chuva. A rodovia Rio-Santos foi interditada porque, segundo a prefeitura, está oca por baixo. No total, 63 pessoas morreram no Estado do Rio de Janeiro em razão das chuvas desde a última quarta-feira (30).