Carnaval 2010: Segundo dia em Salvador traz Ivete Sangalo provocando Beyoncé

do Terra

Ivete Sangalo não seria Ivete sem provocar. “Beyoncé que me perdoe, mas a musa aqui sou eu”, disse a cantora baiana, para o delírio do público na avenida Oceânica. Ela foi a sétima atração do segundo dia do Carnaval 2010 de Salvador, no principal circuito da cidade, o Barra-Ondina.

Bem, a frase ainda está abaixo de seu desempenho há um ano, quando desancou a turma da rádio que lhe concedeu um prêmio revelação. “O que é que vocês estão bebendo, seus filhos da p…? Revelação de quê?”, disse. O prêmio de melhor cantora havia ido para Cláudia Leitte.

A Ivete modelo 2010 está mais espirituosa. Na noite da sexta-feira (12), ao passar em frente ao estúdio do Terra, a cantora disse que Beyoncé se aproximou dela na noite de quarta-feira, quando Ivete abriu o show da americana em Salvador, e teria dito “you’re amazing” (você é maravilhosa). Ivete contou ter respondido: “você ainda não viu nada minha filha”.

Pouco antes, a cantora já tinha brincado com a americana. “Ela não sabe o que perdeu (ao não vir para o Carnaval)”, afirmou em cima do trio em referência ao convite que fez para que Beyoncé ficasse para o Carnaval baiano.

Com um vestido branco curto e fantasia de pássaro, traje que a cantora definiu como “cracatoa do axé”, ela entrou a bordo do trio elétrico Praficar/Salvador por volta das 20h (horário de Salvador, que está uma hora a menos em relação ao horário de Brasília). Como sempre, interagiu muito com o público, chegando a perguntar se ainda está “podendo” e se continua “gostosa”. A resposta foi um sim em coro.

Happy
O segundo dia do circuito Barra-Ondina começou pela manhã, com a isolada performance do bloco infantil Happy, com Tio Paulinho e a cantora Verusca Mônaco. Neste sábado, o Happy deverá ser conduzido pela apresentadora Eliana.

Chiclete
Na parte da tarde, a festa recomeçou com o Chiclete com Banana no trio Nana Banana. O grupo entrou no circuito por volta das 15h (horário de Salvador). Ao som de Chicleteiro Eu, Chicleteira Ela sacudiu aquele que tradicionalmente está entre os maiores vendedores de abadas – estimadas 3,5 mil pessoas devem ter acompanhado o Chiclete.

Timbalada
Depois de tocar na noite de quinta-feira (11), apresentação que começou às 19h (horário de Salvador), a Timbalada não deu descanso aos foliões e voltou à avenida Oceânica na sexta-feira (12).

Com roupas multicoloridas, em verde, amarelo, vermelho e preto, o grupo iniciou o show com uma brincadeira de bumba-meu-boi.

Jammil
O trio seguinte, Eu Vou, que tinha como atração a banda Jammil, teve um problema no caminhão e atrasou a entrada das demais atrações. O caminhão chegou a sair, mas parou após poucos minutos, por causa do travamento de uma das rodas. A polícia militar determinou que os trios que vinham atrás ultrapassem o Eu Vou – que estava pouco antes do Farol da Barra e mandou ver algumas músicas mesmo parado.

D+/Aviões do Forró
O grupo Aviões do Forró iniciou sua apresentação no fim da tarde de sexta-feira no trio D+, com os vocalistas Xand e Solange à frente. Para mexer com os foliões, eles eram apoiados por oito dançarinas.

Netinho
Verdadeira estrela entre os baianos, Netinho tirou a moçada do Barra-Ondina do chão com um pout-pourri de Jorge Ben Jor.

Seu Maxixe
A banda Seu Maxixe surgiu após Ivete Sangalo e levou o sertanejo para o circuito Barra-Ondina. Logo no início da apresentação, o vocalista Berguinho brincou e pediu um uísque para a plateia. “O sertanejo está invadindo a Bahia”, disse. E mandou ver em clássicos para seu público enchapelado.

Música eletrônica
Com os DJs Moony, Kaskade e Tocadisco como atrações, o trio elétrico do bloco Yes passou pelo circuito Barra-Ondina. A ênfase dos três DJs é a música eletrônica – um som estranho no ninho no Carnaval de Salvador.

Moraes Moreira
Das atrações mais aguardadas este ano, Moraes Moreira matou a saudade de Salvador – onde não se apresentava nos circuitos havia dez anos. E Salvador matou a saudade de um mestre. Moreira comandou a folia para homenagear os 60 anos do surgimento trio elétrico. O cantor, hoje radicado no Rio de Janeiro, afirmou que a festa na Bahia deve ser democrática e que vê uma tendência da volta da pipoca, a folia sem cordões de isolamento ou comércio de abadás. “Foi assim que o Carnaval surgiu e a pipoca está voltando”, disse.

Psirico
Antes de começar sua apresentação, o Psirico pediu paz na festa deste ano. O grupo teve a presença de Caetano Veloso.

Cocobambu
Em cima de um dos maiores carros de som do circuito Barra-Ondina, o Cocobambu, André Lellis iniciou sua primeira apresentação no Carnaval de Salvador este ano cantando Dança da Manivela. A banda do músico abusou das guitarras distorcidas durante as interpretações. O trio do cantor, além do tamanho destacado, é ainda um dos mais coloridos – verde, rosa, laranja, amarelo e vermelho. Mas ponto alto, que fez o público dançar muito, foi a interpretação de País Tropical, de Jorge Ben Jor.

Voa Dois
Cantando um dos hinos do Carnaval de Salvador, We Are Bahia, o grupo Voa Dois fez sua segunda apresentação no circuito Barra-Ondina. Com um vestido curtíssimo e branco, a vocalista Katê mostrou que tem fãs fiéis – revelação no Carnaval de 2008, o Voa Dois, integrado também pelo vocalista Fred, foi menos prestigiado na primeira noite por ter sido a banda a abrir a folia.

Banda Eva
Para começar a virada da noite, a Banda Eva abriu seu segundo show no circuito Barra-Ondina abusando de grandes sucessos. Saulo Fernandes cantou Cadê Dalila?, hit do ano passado na cidade. Ele também interpretou Rua do Sossego e outro sucesso da Banda Eva: Levada Louca. O vocalista da Banda Eva dedicou à sua irmã a música Venha Aí, que, com pegada mais romântica, deu uma “esfriada” no público.

Além dessas 14 atrações, outras 12 estavam previstas para passar pelo circuito principal do Carnaval baiano. Entre eles, o trio com Elza Soares.

Campo Grande
No circuito Campo Grande, a agenda previa 22 trios. Um dos preferidos foi o Saudade É Folia, com o sambista Arlindo Cruz. No começo da noite, ele animou os foliões com seu pagode, acompanhado do filho Arlindo Neto e da sambista Dhi Ribeiro.

Batatinha
No circuito do Centro Histórico, a agenda era a mais carregada: 30 atrações. A mais reluzente, o Olodum.