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OAB de Minas Gerais proíbe Ércio Quaresma de atuar por 90 dias

Terra
O ex-advogado do goleiro Bruno, Ércio Quaresma, foi suspenso preventivamente por 90 dias pelo Tribunal de Ética Disciplinar da Ordem dos Advogados do Brasil Sessão Minas Gerais (OAB-MG

O ex-advogado do goleiro Bruno, Ércio Quaresma, foi suspenso preventivamente por 90 dias pelo Tribunal de Ética Disciplinar da Ordem dos Advogados do Brasil Sessão Minas Gerais (OAB-MG). Quaresma foi afastado por 5 votos a 0. Os quatro advogados vogais julgadores acompanharam o voto do relator. O julgamento de Quaresma durou cerca de três horas, na tarde desta terça-feira, e foi realizado na sede da OAB, no bairro Cruzeiro, região centro-sul de Belo Horizonte. Os motivos da suspensão não foram revelados pelo Tribunal.

Ércio Quaresma foi flagrado em um vídeo no qual fumava crack. Em entrevista do jornal O Dia, ele afirmou ser dependente da droga há sete anos. “Estou me tratando com o maior psiquiatra do País em dependência química, e tive algumas recaídas. Mas nunca entrei num plenário doidão”, disse. Em depoimento prestado ao Ministério Público de Minas Gerais, a dentista Ingrid Calheiros de Oliveira, que se apresenta como noiva do goleiro Bruno, acusou o advogado de fazer ameaças a ela.

De acordo com Luis Claudio Chaves, presidente da OAB em Minas, Quaresma não poderá exercer a profissão durante o período em que estiver suspenso. “Essa suspensão é preventiva de medida cautelar. Ele Quaresma ainda responde pelos processos disciplinares, que serão julgados durante o período em que ele estiver suspenso”, disse.

O próprio Quaresma apresentou sua defesa oral, que durou 45 minutos. Em seguida, ele respondeu a seis perguntas feitas pela comissão julgadora.

Essa é a segunda suspensão preventiva, neste ano, de 90 dias. Os motivos que levaram Quaresma a ser suspenso não foram divulgados. Desta vez, Chaves afirmou que o vídeo em que Quaresma apareceu fumando crack em uma favela de Belo Horizonte não foi apenas o motivo que levou o julgamento e a suspensão. “A Ordem recebeu outras denúncias e tudo isso é levado ao tribunal”, afirmou.

Chaves explicou que Quaresma poderá ser excluído do quadro da Ordem, se for suspenso disciplinarmente três vezes, mas reiterou que a suspensão aplicada nesta terça não é disciplinar.

Após o julgamento, Ércio Quaresma disse que ainda vai avaliar se vai recorrer da decisão. “Se houve um julgamento, é porque houve justiça”. Quaresma revelou que está fazendo tratamento médico em Belo Horizonte para se livrar da dependência quimíca do crack e, quando perguntado se tinha algo a dizer para a sociedade, respondeu: “eu quero dizer que fiquem longe do crack. É um mal pior que a bomba nuclear”.

O advogado afirmou que deixou a defesa do goleiro Bruno “porque acreditava que estava prejudicando” e que, agora, acompanha o caso como espectador.

O caso

Eliza desapareceu no dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano passado, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a agrediu para que ela tomasse remédios abortivos. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para pedir o reconhecimento da paternidade de Bruno.

No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas dizendo que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estava lá. A atual mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante depoimento, um dos amigos de Bruno afirmou que havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado.

Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza seguindo denúncias anônimas, em entrevista a uma rádio no dia 6 de julho, um motorista de ônibus disse que seu sobrinho participou do crime e contou em detalhes como Eliza foi assassinada. O menor citado pelo motorista foi apreendido na casa de Bruno no Rio. Ele é primo do goleiro e, em dois depoimentos, admitiu participação no crime. Segundo a polícia, o jovem de 17 anos relatou que a ex-amante de Bruno foi levada do Rio para Minas, mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola ou Neném, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães.

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por envolvimento no crime. Todos negam participação e se recusaram a prestar depoimento à polícia, decidindo falar apenas em juízo.

No dia 30 de julho, a Polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno responderá como mandante e executor do crime. Além dos oito que foram presos inicialmente, a investigação apontou a participação da atual amante do goleiro, Fernanda Gomes Castro, que também foi indiciada e detida. O Ministério Público concordou com o relatório policial e ofereceu denúncia à Justiça, que aceitou e tornou réus todos os envolvidos. O jovem de 17 anos, embora tenha negado em depoimentos posteriores ter visto a morte de Eliza, foi condenado no dia 9 de agosto pela participação no crime e cumprirá medida socioeducativa de internação por prazo indeterminado.

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