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‘Parecia um tsunami’, relatam vítimas da enchente na Zona Sul de São Paulo

G1

Moradores de condomínio viram carros serem arrastados pela correnteza. Água atingiu 1,70 metro de altura.

A enxurrada provocada pela chuva que fez um córrego transbordar na Zona Sul de São Paulo, destruindo os muros de um condomínio de prédios de oito andares, inundando e danificando casas vizinhas, destruindo carros e móveis e provocando a morte de uma pessoa parecia um tsunami, relataram na manhã desta quarta-feira (22) vítimas e sobreviventes da tragédia.

Professora Michele Borges, de 28 anos, morreu arrastada pela correnteza ao tentar salvar o carro

“Foram muitos carros danificados, levados pela correnteza. A enxurrada levando os carros como um tsunami. Os carros caíam no córrego. O povo correndo, amarrado com uma corda na árvore, tentando encontrar a menina. A chuva foi tão forte, a água subiu tão rápido que levou a moça e as roupas dela do corpo”, disse a dona de casa Marlene Bezerra, de 55 anos, moradora há 13 anos do condomínio Projeto das Américas, onde Michele Borges, de 28 anos, desapareceu após ser levada pela enxurrada na noite de terça (21). Michele, que também residia no local, tinha ido tentar resgatar seu carro que estava sendo levado pelas águas, mas morreu ao ser carregada pela correnteza.

Morador mostra na parede o nível atingido pela chuva e destruição do calçamento (clique)

Após destruir os muros do condomínio,  o temporal atingiu portões e invadiu casas vizinhas ao condomínio. Em algumas, o nível da água alcançou 1,70 metro de altura em relação ao solo. “Perdemos tudo. Não resta outra coisa a não ser nos mudarmos daqui”, disse o aposentado Rufino dos Santos Neto, de 75 anos, que teve a residência, onde mora com duas filhas, destruída pela força das águas. A reportagem esteve no local e verificou que o muro que dividia sua casa da do vizinho caiu, danificando a estrutura do imóvel.

“Fazia dez anos que não tínhamos problemas assim, de enchente. Essa foi a pior de todas as enchentes”, disse a cozinheira Telma Regina dos Santos, de 43 anos, filha de Rufino. “Perdemos documentos, TV de plasma, três computadores. Até a pia da cozinha foi levada embora com a correnteza. Só tivemos tempo de correr e sair de casa. Ficamos abrigados na casa de vizinhos, que tem um sobrado”.

Para o casal Enoque Raimundo Oliveira, de 47 anos, e Gilmara Mariano Ricarti, de 35 anos, a chuva levou o desejo de passar um natal com a família. “Onde vamos fazer a ceia agora? A água entrou aqui em casa, na sala, na cozinha, nos quartos. Estragou a geladeira, tudo, tudo. Meu Deus, que calamidade”, disse a assistente financeira Gilmara.

O pastor evangélico Juscelino Leite, de 39 anos, pediu para a reportagem tirar uma foto dele com a família em frente ao que restou do imóvel. “Vou tomar as providências necessárias. A administração pública é responsável por essa tragédia. Ela não canalizou direito o córrego e ele inundou”.

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