G1
Confronto com Batalhão de Choque aconteceu na Av. Conde da Boa Vista. Foram usadas bombas de efeito moral e balas de borracha para dispersar.
A passeata dos operários da construção civil no Recife causou tumulto na Avenida Conde da Boa Vista. A caminhada saiu às 10h da Rua da Concórdia e deixou o trânsito lento na região. Próximo ao Shopping Boa Vista, houve um tumulto com a Polícia Militar.
De acordo com informações da PM, havia um efetivo policial no local e os manifestantes teriam atirado pedras e pedaços de madeira contra os policiais. Por isso, o Batalhão de Choque foi chamado. Segundo o Marreta (sindicato dos operários), o Choque chegou atirando bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar os manifestantes.
O confronto aconteceu no cruzamento da Avenida Conde da Boa Vista com a Rua Gervásio Pires, na região central da cidade. De acordo com José Augusto de Souza, um dos diretores do Marreta, eles estavam apenas convencendo os trabalhadores da obra a aderirem a greve de maneira pacífica, quando a polícia chegou. “Quando eles (polícia) viram o grande número de pessoas, acharam que era um tumulto e chegaram atirando bombas de efeito moral e balas de borracha”, conta Souza.
Depois do protesto, o grupo foi para a frente do Palácio do Campo das Princesas, onde pediram para falar com o Governador do Estado. Os representantes do sindicato das empresas se reuniram no fim da manhã na sede do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) para avaliar a mobilização e se pronunciar oficialmente sobre a greve.
A greve
Os trabalhadores da construção civil resolveram, em assembleia realizada na terça-feira (25), entrar em greve. Na manhã desta segunda, o sindicato percorreu as obras para conseguir adesão. De acordo com Jefferson Gregório, diretor do Marreta, pelo menos 80% dos canteiros de obras da Região Metropolitana do Recife já estão parados. Entre as reinvindicações do Marreta, estão um reajuste salarial de 15%, hora extra de 100% aos sábados, vale compras no valor de R$ 100 e melhores condições de trabalho nos canteiros.