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Psicóloga de Vitória da Conquista dá lição de cidadania em rede social

Assessemed | Monalisa Barros*

Às vésperas da realização, pela primeira vez, do segundo turno de eleições municipais, a psicóloga conquistense Monalisa Barros, expressou numa rede social um sentimento imparcial, sem afetação partidária, que na verdade corresponde ao pensamento da maioria da população da cidade. Segundo ela, Vitória da Conquista atingiu o patamar da maturidade política, que, através do voto consciente, decide os rumos do seu futuro. Reproduzimos aqui, na íntegra, o texto de sua autoria:

Hipocrisia dizer que Guilherme ou Herzem ganharam as eleições no primeiro turno!

Vitória da Conquista é uma cidade com uma história muito maior do que 16 anos de governo do PT. É verdade que, os últimos governantes fizeram muitas coisas importantes para a nossa cidade, mas os anteriores também fizeram, a seu tempo, muitas conquistas e avanços. Não nos esqueçamos que fomos por 40 anos oposição a ACM, nessa cidade, mesmo numa época em que ele tinha todo o poder em nosso Estado. Sempre fomos guerreiros, valentes e ousados!

No primeiro turno, o povo da cidade disse bem claro que não está aprovando neste momento o governo local: mais da metade dos votos válidos foram contrários ao governo atual, portanto Guilherme PERDEU! Mas o outro lado, Herzem, também PERDEU, perdeu em número de votos para Guilherme.

Se não houve candidato vencedor, venceu o povo! E espero que os candidatos que passaram para o segundo turno possam ouvir o que a população está dizendo.

Para Guilherme: Conquista não tem dono! Não aceitamos campanha arrogante que prega que já ganhou sem rever posturas e sem reflexão do que não estamos gostando! Não ajuda ter um vice-prefeito que fica postando textos dizendo que já ganharam! Não aceitamos perseguições (tenho notícias de que coordenadores de setores da saúde estiveram nos serviços querendo saber em quem cada funcionário votou, chegou a fazer ameaças.

Sei também que um médico chegou a levar o caso para a Coordenação da Campanha), ausência de diversidade nos discursos e homogeneidade entre seguidores. Não aceitamos maniqueísmos em que existe um lado bom, o do PT e um lado ruim, os outros! Não queremos ser tratados pelo governo do Estado como curral! Por acharem que a eleição já estava ganha, não precisaram fazer nada por nós e puderam liberar o edital do aeroporto de Feira de Santana em vez do nosso!

Não queremos serviços públicos que possuem donos, pessoas que estão no cargo há 16 anos e portando-se como proprietários da vaga, do serviço e dos demais funcionários! Não queremos privatização da saúde, nem terceirização de serviços! Não queremos manipulação de conselhos de direitos!

Não queremos o conceito de controle social, como concebido na sociologia nos anos 60, do controle do estado sobre a sociedade, queremos o conceito de controle social como cunhado na constituição de 88, controle da sociedade sobre o estado! Não queremos ser chantageados, dizendo que se o outro lado ganhar estaremos perdidos e tudo será desfeito. Não queremos campanha de baixo calão que denigre imagem de pessoas respeitadas, em nosso meio, como professoras ou advogados! Não queremos que fuja do debate!

Para Herzem: Assim como Guilherme utilizou o slogan Conquista Não Tem Dono em 1992, agora chegou a sua vez de usa-lo, agora contra ele. Mas você precisa demonstrar que não vai leiloar nossa cidade entre seus apoiadores políticos. Que cumprirá a lei e colocará a execução das políticas públicas em primeiro lugar. Que seus assessores terão compromisso social e serão escolhidos pelo critério técnico e não pelas alianças políticas.

Você precisa nos dar a tranquilidade de que as políticas públicas existentes irão não só permanecer, mas crescer em eficiência e qualidade, na saúde, na educação e na assistência social. Que não retrocederemos nas conquistas alcançadas como o orçamento participativo, os conselhos locais de saúde e todos os conselhos de direitos. Que você não irá mudar tudo, só o que se fizer necessário! Que você saberá separar os que hoje te apoiam e os que vão efetivamente governar a cidade.

Tem muita gente ao seu lado que conhecemos de longas datas e não confiamos. Que vc poderá mudar de opinião, faz parte da vida isso, mas saberá nos explicar por que mudou e em quais circunstâncias. Será responsável com a condução de nossa cidade acima de interesses pessoais ou do seu grupo. Que queremos uma mudança, mas não queremos por em risco o já conquistado. Você precisa nos fazer confiar na sua proposta!

Nós precisamos assumir que queremos mudar, seja com o mesmo grupo que hoje temos, ou, seja com o novo! E saibamos cobrar! Sabemos que não temos donos e por isso se no próximo pleito não fizerem como nós, a maioria, está querendo, nosso grupo poderá crescer e tirar qualquer dos dois de lá! Nós temos o poder!

*Monalisa Barros é psicóloga e coordenadora do Programa de Educação para a Vida – PEV

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