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Brasil: Estudante desaparecida em Belém do Pará pode ter aderido ao Estado Islâmico

Karina Ailyn Raiol Barbosa, de 20 anos, se converteu ao islamismo em 2014. Ela embarcou em um voo para fora do Brasil, em 5 de abril. Segundo a PF ela pode ter desembarcado em uma das escalas.

fonte_blogdomarcelo| Rede Globo . Fantástico . G1

Há quase um mês, uma família de Belém, Pará, vive o desespero de não saber o que aconteceu com a filha Karina. No dia 4 de abril, ela saiu de casa dizendo que ia para a faculdade de jornalismo. Nunca mais voltou. Assista:

Uma série de pistas fez a Polícia Federal entrar no caso. A divisão Antiterrorismo da PF abriu um inquérito para apurar se o desaparecimento da jovem de 20 anos pode ter relação com extremistas islâmicos.

A Interpol investiga o desaparecimento de uma universitária paraense. Karina Ailyn Raiol Barbosa, de 20 anos, era estudante da Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém, e saiu do Brasil por São Paulo, sem avisar a família. Segundo os parentes, a jovem se converteu ao islamismo há cerca de dois anos, e teria sido aliciada para sair do país. Segundo a Polícia Federal, o caso foi enviado para a investigação internacional em 5 de abril. Os depoimentos da família foram enviados a Interpol, assim como a solicitação para saber o destino de Karina.

No entanto, a PF afirma que inicialmente não há crime, já que Karina é maior de idade e saiu pelo país legalmente. “Esse desinteresse nos angustia. Por que a polícia pelo menos não viu as imagens do circuito de segurança do aeroporto para saber com quem minha irmã estava? Por que não quebram o sigilo telefônico dela? Eu disse para a polícia: minha irmã só tem dois destinos, um é virar ‘mulher-bomba’, outro é virar escrava sexual. Como eles podem permitir que isso aconteça?”, questiona a irmã, Karen Raiol.

Desaparecimento

De acordo com a irmã, o último contato com a jovem foi às 13h da segunda-feira (4). Ela informou que estava gravando vídeos para um trabalho na UFPA e que depois iria para casa. No entanto, em seguida, o telefone de Karina ficou fora de área. Por volta de 18h, sem notícias da irmã, ela e os pais foram até a universidade, mas não a encontraram. “Aí passamos por todos os hospitais, e nada. Até que meu marido sugeriu que fôssemos ao aeroporto. Lá meu pai descobriu com a polícia que ela havia tirado o passaporte em dezembro e ninguém tinha conhecimento disso”, relata.

Segundo os parentes, a estudante viajou sem levar mala. “Ela saiu de casa às 10h, apenas com um casaquinho fino e levando uma sandália”, conta a irmã. A família passou a madrugada no aeroporto na expectativa de encontrar a estudante. Na manhã seguinte, foram até a UFPA, e lá souberam que Karina há meses não frequentava o curso. De acordo com a universidade, a estudante não trancou a matrícula, mas tinha muitas faltas, e em fevereiro deixou de ir para a aula.

A Polícia Federal informou que Karina embarcou em um voo para fora do Brasil, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, às 5h14 da terça-feira (5). “Buscamos as escalas e descobrimos que o avião pousou em Marrocos e Istambul”, diz Karen. A polícia, no entanto, não informou o possível destino da estudante, e alegou que aguarda a informação da Interpol. “Tememos que ela tenha sido forçada a embarcar. Ela não deixaria nossa família assim, sem explicação. Achamos que ela entrou em algum circuito e quando percebeu, foi forçada a ir, sob ameaça até de fazerem alguma coisa conosco. Ela não trabalhava e meu pai não teria dinheiro para pagar passaporte, muito menos viagem para São Paulo e para fora do país. Alguém pagou isso e não sabemos quem e o porquê”, diz Karen.

Conversão ao islamismo

Segundo a família, Karina era uma jovem tímida e caseira. Reclusa, ela não tinha muitos amigos e só costumava sair para ir à aula. Em 2014, ela iniciou um curso de árabe que teria relação com a UFPA. Em seguida, passou a frequentar a mesquita. Em abril de 2015 ela se converteu ao islamismo. “Ninguém apoiou essa decisão, mas também não criamos guerra por causa disso. Ela começou a usar só roupa de manga longa, e saia por cima da calça, e sempre estava de véu. Ela até ficou mais comunicativa, conversava mais com a gente. Minha mãe algumas vezes até acompanhou Karina até a mesquita”, diz a irmã da estudante.

Em nota, a UFPA informou que segundo o professor Saif Mounssif, pesquisador da Faculdade de Engenharia Naval da universidade e integrante do Centro Islâmico Cultural do Pará, a estudante esteve, em 2014, em um curso de língua árabe oferecido pelo Centro e, pouco tempo depois, manifestou o desejo de conversão à religião muçulmana. O pesquisador, porém, ressalta que o curso de idioma não aborda questões políticas ou religiosas em relação ao Estado Islâmico. Segundo Saif, Karina deixou de frequentar o espaço em novembro de 2015.

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