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Tragédia na Integração: “Fiz de tudo para poder parar”, diz motorista do caminhão. ENTREVISTA

Em entrevista concedida ao Blog do Giorlando Lima, momentos após o desastre, o condutor Antônio Fabiano Queiroz, de Fortaleza, tentou explicar o que provocou a tragédia. Uma mulher, moradora de Caetanos, morreu na hora.

O motorista do caminhão-baú que bateu em seis carros a Avenida Integração, em Vitória da Conquista, causando a morte de uma pessoa e ferimentos em outras 13, Antônio Fabiano Queiroz, foi submetido ao exame de alcoolemia e, segundo fonte da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foi constatado que ele não havia ingerido bebida alcoólica antes do acidente.

A reportagem não obteve o dado preciso sobre o número de carros que o caminhão-baú atropelou, mas, fotografou oito desses veículos que foram atingidos, alguns com mais intensidade, incluindo o Fiat Uno com placas de Caetanos (BA), em que estava a vítima fatal. Os feridos foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Corpo de Bombeiros. O Uno foi arrastado por cerca de 300 metros e o motor foi arrancado, ficando no meio da pista.

Os ocupantes do veículo eram cinco pessoas da mesma família, residentes na localidade de Caldeirão, em Caetanos, onde mexiam com um pequeno comércio. Quatro ficaram feridas, sendo uma criança, sobrinha de Lucivândia Marinho da Silva, que acabou morrendo no local. O irmão dela, Ricardo, que dirigia o carro e a criança foram levados pelo SAMU192, em estado grave, para o Hospital São Vicente, onde foram imediatamente operadas.

Depois de atingir sete carros, que foram empurrados e derrubaram postes e placas de trânsito, o caminhão atravessou a pista, acertou mais um carro e acabou se chocando contra a parede de uma loja de autopeças, foi quando parou. Além do São Vicente, o Hospital Geral também recebeu parte dos feridos no acidente. Até o momento em que esta matéria estava sendo feita, as notícias eram de que a maior parte dos feridos no acidente já haviam sido liberados e que as pessoas que foram atendidas em estado mais grave encontravam-se estáveis.

O BLOG conversou no final da tarde com fontes da Polícia Rodoviária Federal e (no início da noite) com a Polícia Civil, que passaram as últimas informações sobre o caso. Até as 19h45, o motorista Antônio Fabiano Queiroz Chavier (cujo nome preservamos no início, por termos feito esse compromisso com ele quando o entrevistamos) estava no DISEP, aguardando a conclusão da ocorrência da PRF para ser ouvido pela delegada plantonista da 1ª Delegacia Territorial, Lusdenes Batista.

Segundo o procedimento legal, o motorista será ouvido pela delegada depois que a Polícia Rodoviária “fechar a ocorrência” e der entrada do material na delegacia. Pelo rito legal, o motorista não está detido ainda, mas aguardando, e a decisão do que ocorrerá com ele depende do depoimento que será prestado à autoridade policial. Na delegacia, segundo a fonte policial, o motorista não estava com advogado ou familiar, mas um policial militar que o conhecia e à família dele, o está acompanhando.

Ao BLOG, no local do acidente, o condutor do caminhão-baú disse que estava vindo de Fortaleza, levando uma carga de sal para São Paulo. Segundo ele, o carro perdeu os freios e ele não teve condição de controlar e evitar as batidas que feriram 13 e mataram uma mulher. Teria sido o primeiro acidente dele na estrada, em oito anos de profissão como motorista de caminhão de carga. Quando aceitou falar para o BLOG o motorista estava visivelmente em estado de choque e lamentando a tragédia e a morte de uma pessoa.

BLOG – Bom dia, cidadão. O que houve aí? Você tem lembrança do momento?
MOTORISTA – Fui parar o caminhão, mas não deu para parar totalmente não. Faltou freio. Tentei, realmente. Fiz de tudo para poder parar o caminhão, mas não deu para parar, não.

BLOG – Você percebeu que faltou freio em que parte?
MOTORISTA – Lá em cima, muito antes do quebra-mola.

BLOG – E você está vindo de onde?
MOTORISTA – Fortaleza.

BLOG – Está levando ou vai buscar carga?
MOTORISTA – Estou levando.

BLOG – Para o Rio ou São Paulo?
MOTORISTA – São Paulo.

BLOG – Sua família já foi avisada?
MOTORISTA – Já, todo mundo já foi avisado, já.

BLOG – Agora (me dirigindo ao agente da Polícia Rodoviária Federal), policial, me desculpe, vai ter uma perícia no carro?
POLICIAL – Vai periciar o veículo para ver se foi uma falha mecânica ou se foi uma falha humana…

BLOG – Ele (o motorista) fica em que condição agora?
POLICIAL – A gente vai levar ele lá pro posto e posteriormente apresentar para a autoridade civil, para a Polícia Civil.

BLOG – E fez exame de alcoolemia nele?
POLICIAL – Vai fazer ainda.

BLOG (me dirigindo ao motorista) – Você bebeu?
MOTORISTA – Não. Não bebo não.

BLOG – Você tem religião e não bebe por isso?
MOTORISTA – Não, não.

BLOG – Como é seu nome?
MOTORISTA – (Silêncio)

BLOG – Pode dizer que eu não vou colocar, é só para saber com quem eu estou falando.
MOTORISTA – Fabiano.

BLOG – Adriano?
MOTORISTA – Antonio Fabiano.

BLOG – Você trabalha profissionalmente com carga há muito tempo?
MOTORISTA – Há oito anos.

BLOG – É seu primeiro acidente?
MOTORISTA – É.

BLOG – O primeiro acidente?
MOTORISTA – É.

// Texto, entrevista e imagens: Blog do Giorlando Lima.

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