Angélica da Cruz, de 27 anos, teve prisão decretada pela Justiça, acusada do assassinato de Érica Oliveira da Silva. Ela segue foragida.
A Justiça decretou a prisão de Angélica da Cruz, de 27 anos, apontada pela Polícia Civil como a responsável por esfaquear Érica Oliveira da Silva, de 24, em Santos, no litoral de São Paulo. Duas irmãs da vítima ficaram feridas. A autora está foragida, mas o advogado dela afirmou que a suspeita alegou “legítima de defesa”.
O crime aconteceu no sábado (13), no bairro Monte Cabrão. Angélica e Érica moravam em residências vizinhas, eram desafetas e trocaram provações, momentos antes do crime, por causa de uma vaga de emprego. A vítima fatal foi surpreendida na porta de casa e as duas irmãs, Débora, de 22 anos, e Danielle, de 29, também foram esfaqueadas, mas sobreviveram. “Não há dúvidas em relação à autoria do crime, por isso solicitamos a prisão temporária [válida por 30 dias] da Angélica, que está foragida. O advogado dela entrou em contato e informou que a cliente alegou a ele ‘legítima defesa’ em relação às agressões cometidas”, afirmou o delegado Marcos Alexandre Alfino.
Uma das irmãs das três vítimas, Rafaela Oliveira da Silva, afirmou que o marido, o irmão e o pai de Angélica participaram do crime, seja entregando a faca a ela ou segurando as jovens que foram esfaqueadas. A motivação do crime, além de ambas estarem brigadas, ocorreu por conta de colocação no mercado de trabalho. A vítima chegou a postar em uma rede social um “meme” provocativo um dia antes do assassinato.
“Apuramos, inicialmente, que Angélica almejava o emprego de Érica, e essa teria sido a motivação principal, mas as duas trocavam provações há bastante tempo”, informou o delegado do 1º Distrito Policial da cidade. A vítima fatal era assistente administrativa em uma empresa localizada no bairro onde morava. Até a manhã desta terça-feira (16), a polícia não tinha informações sobre do paradeiro da investigada. Segundo o Hospital Santo Amaro, em Guarujá, as irmãs de Érica permanecem internadas em quartos distintos, em condições clínicas estáveis, e são acompanhadas por equipes multidisciplinares em razão dos ferimentos.
O caso
Segundo a polícia, por volta das 20h de sábado, Érica e mais três irmãs voltavam para casa quando Angélica, que trabalhava em uma barraca de bananas, as viu na rua e começou a provocar a vítima. “Elas começaram um bate-boca e o pai, o irmão e o marido da agressora saíram para ajudar”, contou Rafaela. Segundo ela, durante a discussão, o pai de Angélica segurou Érica para que ela ficasse imóvel enquanto a filha esfaqueava a vítima. A faca foi entregue à suspeita pelo próprio marido que, segundo testemunhas, também teve participação no crime. Rafaela foi a única das quatro irmãs que não teve ferimentos.
Érica deu entrada no Pronto Atendimento Médico (PAM) da Rodoviária de Guarujá já sem vida. Débora e Daniele também foram levadas para a mesma unidade de saúde e em razão da gravidade do caso foram transferidas na mesma noite para o Hospital Santo Amaro. Segundo a polícia, logo após a briga, Angélica fugiu do local e não foi mais vista. Os familiares da suspeita foram até a Delegacia Sede de Santos prestar depoimento sobre o caso e, em seguida, foram liberados. A Polícia Civil realiza diligências para tentar localizar Angélica. TV Tribuna.