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Bizarro: Homem perde perna, dedos e parte do rosto após ser lambido pelo seu cão

Incidente ocorreu no final de 2016 com o britânico Jaco Nel. Ele também foi arranhado pelo cão, que foi sacrificado. Desde então sua vida virou pelo avesso.

Há um ano e meio, o britânico Jaco Nel brincava com seu cachorro Harvey, um cocker spaniel, quando notou um pequeno arranhão em sua mão. Ele limpou e desinfetou o corte, e continuou com seus afazeres habituais. Duas semanas depois, ficou doente com o que parecia uma gripe. Mas Nel não imaginava o que estava a ponto de acontecer: uma bactéria na saliva de seu cão provocou uma infecção que evoluiu para septicemia, uma reação exacerbada do sistema imunológico diante de um processo infeccioso.

A septicemia é a principal causa de morte por infecção no mundo. Nel não morreu, mas diz que esteve “muito, muito perto”. Como consequência de seu choque séptico, ele passou cinco dias em coma e meses no hospital. Perdeu as duas pernas, abaixo do joelho, e todos os dedos de uma mão. Além disso, teve o nariz e os lábios desfigurados, o que lhe causa dificuldade para falar e para comer. O caso do britânico é muito extremo, mas ele é uma das 20 milhões de pessoas que sofrem de septicemia por ano em todo o mundo.

‘Senti depressão e raiva’

Nel não percebeu o quão doente estava porque, ao se sentir como se estivesse gripado, decidiu descansar e dormiu até o dia seguinte. “Eu devo ter ficado muito doente, porque me sentia confuso e desorientado. Nem escutei o telefone quando os colegas de trabalho me ligaram para saber por que não fui”, disse ao programa Victoria Derbyshire da BBC. “No fim do dia, minha mulher veio para casa e me encontrou em um estado terrível. Mas os serviços de emergência logo se deram conta de que eram sintomas de septicemia e começaram a me tratar com urgência assim que chegaram a minha casa.”

Fazer o diagnóstico cedo é a chave para a recuperação da septicemia: de acordo com vários estudos, 80% dos casos podem ser tratados com sucesso caso a infecção seja diagnosticada na primeira hora. Se isso não acontecer, o risco de morte aumenta a cada hora que passa. Nel recebeu fluidos por via intravenosa ainda em sua casa e antibióticos na ambulância, a caminho do hospital. “Mas quando eu cheguei na emergência, desmaiei”, recorda. Ele perdeu a consciência e ficou em coma durante quase cinco dias.



“Quando acordei, tomei um choque ao ver que tinha praticamente o corpo inteiro escurecido: o rosto, as mãos e as pernas estavam necrosando (em processo de morte) por causa dos danos nos tecidos causados pela coagulação anormal do sangue. É algo que ocorre durante um choque séptico”, afirmou. Seus rins também falharam, e ele teve que fazer diálise durante dois meses. “Eu soube quase desde o princípio que acabaria perdendo as pernas e os dedos, mas não tinha certeza do que aconteceria com meu rosto. No final, perdi a ponta do nariz e meus lábios têm cicatrizes.” “Depois de quatro meses no hospital, os médicos amputaram minhas pernas. Foi um período muito duro.”

Aprender a caminhar de novo

“Eu sempre fui uma pessoa determinada, e nada me detém. Mas me senti profundamente deprimido, senti muita raiva e, em alguns momentos, pensei que não iria suportar”, diz Nel. Com o tempo, ele diz ter conseguido seguir adiante com o apoio-chave dos amigos, familiares e colegas de trabalho. “Esses pensamentos foram embora quando comecei a ver que podia voltar a fazer coisas, mesmo que me custasse mais tempo e esforço.” Pouco depois da amputação das pernas, Nel começou a fazer reabilitação para voltar a caminhar. Depois de três meses, ele conseguia andar sem ajuda e voltou para casa.

Ele teve, no entanto, de tomar uma decisão dura: sacrificar sua querida mascote Harvey para impedir que ela infectasse outra pessoa, já que o cachorro tinha uma infecção incurável. Ao relembrar de sua história, Nel diz que não poderia ter feito nada para evitar o que ocorreu. Quando seu cachorro o arranhou e lambeu sua ferida, ele a desinfectou. Depois, nem ele mesmo notou os sintomas da doença que começava a se manifestar. “Eu arrastava as palavras ao falar, perdi a coordenação e o equilíbrio, estava com a pele manchada, mas ninguém viu.” Agora, ele dirige um carro adaptado e usa uma prótese no nariz, que disfarça a desfiguração de sua face. No entanto, ele deixou de usar a prótese por considerá-la “uma máscara” para esconder sua história.

O que é septicemia?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a septicemia ocorre quando o sistema imunológico do corpo se sobrecarrega e tem uma resposta exacerbada a uma infecção. O problema inicial pode ser leve e começar em qualquer parte, desde um corte no dedo até uma infecção urinária. Mas se isso não for tratado a tempo, pode causar danos catastróficos ao corpo, como lesões nos tecidos, falência generalizada de órgãos e até a morte. Não se sabe exatamente o que causa a doença, que afeta cerca de 20 milhões no mundo e mata ao menos 8 milhões. Por isso, ela é chamada de “assassina silenciosa”. Identificar um caso de septicemia é difícil, já que os primeiros sintomas variam muito e podem ser facilmente confundidos com gripe ou outras infecções. De acordo com a ONG britânica UK Sepsis Trust, os seis sinais de alarme mais comuns são: dificuldades para falar ou confusão, calafrios ou dor muscular, ausência de urina, problemas graves para respirar, sensação de que “vai morrer”, manchas ou descoloração da pele. BBC Brasil.

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