Brutal: Dois dias após ser agredida pelo ex, garota passa mal e morre de hemorragia interna
@vitoriadaconquistanoticiasBruna Silva foi agredida na segunda (23). Ela chegou a prestar queixa e solicitar medida protetiva. Entretanto, começou a se queixar de fortes dores.
Uma jovem de 19 anos morreu após ser agredida, em Bom Jesus, na Serra do Rio Grande do Sul, na noite de quarta-feira (25). De acordo com o delegado Carlos Alberto Defaveri, Bruna Silva foi agredida na segunda (23) pelo ex-namorado. Inicialmente, a polícia informou que ele era suspeito da morte, mas após o resultado da necropsia do corpo, divulgado na manhã desta quinta (26), a hipótese ainda não está confirmada.
“Ele vai responder pelas agressões. Agrediu mulher, fruto de relacionamento, enquadra-se na Maria da Penha. Foi instaurado inquérito policial, que tramita na Delegacia de Bom Jesus, da agressão, e ele vai ser processado por isso. Agora, o resultado, morte, não pode ser atribuído à agressão, segundo o que constou da necropsia”, explicou. “Ela efetivamente foi agredida, mas são lesões externas”, acrescentou. Paula Ketlen Pereira, amiga de infância de Bruna, estava com a vítima no momento das agressões. Ela contou ao G1 que as duas haviam ido até a casa do ex-namorado de Bruna para conversar sobre as visitas ao filho, de 2 anos, fruto de um relacionamento entre os dois.
“Fazia dias que ele não ia ver o gurizinho, e ele pedia muito pelo pai. Ela foi até lá, mas na boa, para ver o que tinha acontecido. Quando ela começou a falar, ele já começou a dar tapa na cara dela”, disse Paula. A amiga conta que tentou defender Bruna das agressões. “Ela caiu no chão, e ele chutou, deu soco e ponta pé. Nessa hora, fui para cima, para tentar parar ele. Ele me disse ‘tu não se meta’, e me empurrou. Nisso, ela levantou e correu. Ele saiu atrás dela com um tijolo, mas errou. Ele conseguiu alcançar ela ainda, deu mais uns tapa e socos nela. Eu consegui puxar ela, e saímos correndo.”
Uma viatura da Brigada Militar passava pelo local no momento das agressões. Paula disse que elas voltaram à casa do ex-namorado, junto com os policias militares, e de lá eles foram todos para a delegacia, onde Bruna registrou uma ocorrência e solicitou medidas protetivas. A jovem chegou a fazer, no mesmo dia, exame de corpo de delito. “Ele disse que perdeu a cabeça, que era para entender o lado dele. Foi feito o registro, e ele foi liberado”, contou a amiga. Bruna buscou atendimento médico no dia seguinte. De acordo com a amiga, ela sentia dores pelo corpo.
“Na terça de manhã ela foi trabalhar, mas começou a passar mal. Ela me disse que estava toda dolorida. Quando eu saí do serviço, liguei para ela. Ela me disse que estava no hospital com muita febre e mal-estar. Me ofereci para ficar com ela”. O médico que atendeu Bruna contou à polícia e aos familiares que a suspeita inicial era de hemorragia interna. Por isso, a polícia relacionou a morte com as agressões. “O exame de necropsia não encontrou nada de violência interna que levasse à morte. [Vamos tentar] descobrir o que se trata um líquido amarelo que havia em um dos pulmões [de Bruna]. Sem [a presença de] sangue”, explicou o delegado ao G1. O hospital confirmou à RBS TV que Bruna procurou atendimento mais de uma vez, e que a última entrada foi na tarde de quarta. Horas depois, foi confirmada a morte da jovem. A instituição não informou detalhes sobre o que teria provocado o óbito.
