Presidente interino da CBF disse que a Anvisa já estava informada sobre a situação dos atletas três dias antes da partida.
Presidente em exercício da CBF, Ednaldo Rodrigues criticou a ação da Anvisa de paralisar a partida de Brasil e Argentina. O jogo tinha seis minutos de bola rolando quando agentes entraram em campo a e interromperam. Um deles se estranhou com o jogador Otamendi, da Argentina. – A Anvisa extrapolou nas suas decisões, poderia ter evitado tudo antes – disse Ednaldo, que é vice-presidente eleito da CBF.
– Eu fico muito triste e não busco nenhum culpado. Se passou ou não passou algo, não era o momento para fazer essa intervenção – disse o treinador argentino. Em entrevista ao SporTV, Ednaldo Rodrigues disse que a Anvisa já estava informada sobre a situação dos atletas três dias antes da partida.
– Todos levaram um susto. Lamentável episódio desse tipo. Brasil e Argentina desperta o interesse de todo mundo. Há três dias, pelo o que tomamos conhecimento, a Anvisa já estava acompanhando a seleção da Argentina. Se estava acompanhando e tem o protocolo da Anvisa. Nos causou muita estranheza deixar para depois que o jogo se iniciasse. Em momento algum a CBF foi parte, por quem quer que seja, com relação a qualquer negociação para retirar atletas da equipe. Muito pelo contrário, a CBF respeita as normas sanitárias, isso seria uma situação da Conmebol com a Anvisa. Ainda antes da partida se iniciar, o delegado da partida disse que poderiam jogar, para depois serem deportados. Mas depois, por um motivo que a CBF não conhece, mudaram – disse Ednaldo. – A CBF respeitou sempre os protocolos. Em nenhuma situação a CBF quis fazer qualquer tipo de subterfúgio para driblar a legislação – comentou o presidente em exercício da CBF.
O jogo que não aconteceu
A data está marcada na história: 5 de setembro de 2021, Brasil x Argentina. Ficou para a história, mas não por causa da bola. O clássico na Neo Química Arena, em São Paulo, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, foi suspenso pela arbitragem depois de agentes da Anvisa e da Polícia Federal paralisarem a partida ainda no primeiro tempo. O motivo: quatro jogadores argentinos violaram regras sanitárias ao entrar no país sem comunicar que passaram pela Inglaterra, onde jogam. Eles deveriam ter feito quarentena, medida preventiva à disseminação da Covid-19.