VÍDEO: “Bola de fogo” vista no céu da região de Encruzilhada e norte de MG é pedaço do foguete “Falcon 9” da SpaceX
Os avistamentos se concentraram no Norte de Minas Gerais, com relatos em Montes Claros, Araçuaí, Capelinha e Itamarandiba, além de registros na Bahia e no Distrito Federal.

Na noite desta quarta-feira (14), moradores de cidades mineiras foram surpreendidos por um objeto luminoso cruzando o céu. Descrito como uma “bola de fogo”, o fenômeno, segundo apurado pelo Blog do Marcelo, foi identificado por especialistas como a reentrada de um estágio do foguete Falcon 9, lançado há quase uma década pela empresa norte-americana SpaceX.
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A Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon) analisou vídeos e traçou a trajetória do objeto, que percorreu cerca de 1.500 km em quatro minutos, a uma velocidade entre 6 e 7 km/s. “O objeto mais compatível é o corpo do foguete Falcon 9, que permaneceu em órbita como lixo espacial desde 2014”, afirmou a organização. Assista:
?VÍDEO: "Bola de fogo" vista no céu da região da divisa entre Bahia e Minas Gerais é pedaço do foguete "Falcon 9" da #SpaceX #meteoro #meteorito pic.twitter.com/4hPSvB1PUj
— Blog do Marcelo (@blogdomarcelo) May 15, 2025
Registros em múltiplas cidades
Os avistamentos se concentraram no Norte de Minas Gerais, com relatos em Montes Claros, Araçuaí, Capelinha e Itamarandiba, além de registros na Bahia e no Distrito Federal. O astrônomo Renato Las Casas, da UFMG, descartou a hipótese de meteoro devido à baixa velocidade. “Sobrou apenas a possibilidade de ser lixo espacial, que entra na atmosfera mais devagar e se incendeia pelo atrito”, explicou.

Segundo Las Casas, o termo “lixo espacial” abrange desde satélites desativados até ferramentas perdidas por astronautas. “Pela intensidade, este parece ser um objeto grande, possivelmente um satélite ou parte de um foguete”, acrescentou.
Fim de uma década em órbita
O Falcon 9 em questão foi usado para lançar o satélite AsiaSat 8 em 2014. Após cumprir sua missão, o estágio descartado ficou vagando no espaço até ser atraído pela gravidade terrestre. A Bramon ressaltou que fenômenos como esse são comuns, mas chamam atenção pelo espetáculo visual. Enquanto os fragmentos remanescentes devem ter se desintegrado na atmosfera, o evento serviu como alerta para o crescente problema do lixo espacial – estimado em milhares de objetos orbitando sem controle ao redor da Terra.











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