“2º Torneio Futconha”: Polícia Militar encerra evento de futsal que premiaria vencedores com pacotes de maconha

De acordo com o tenente-coronel Renan Carvalho, comandante da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), uma denúncia anônima recebida via WhatsApp alertou a polícia.

A Polícia Militar interrompeu, na noite de quarta-feira (14), um campeonato de futsal na Zona Sul de Manaus que oferecia porções de maconha como premiação aos times vencedores. O torneio, intitulado “2º Torneio Futconha”, ocorria em uma quadra do Prosamim, no bairro Praça 14 de Janeiro, e contava com a participação de equipes amadoras com nomes que faziam referência à droga, como “Só Brasa”, “Verde Esperança”, “Chapada Seleção” e “Real Biqueira”.

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Segundo apurado pelo Blog do Marcelo, a inscrição dos times foi feita mediante a entrega de 2 kg de alimentos não perecíveis. Os prêmios, conforme relatado pelas autoridades, incluíam 40 gramas de maconha para o primeiro lugar, 5 gramas da droga mais um combo de bebidas alcoólicas para o segundo, e R$ 50 em dinheiro com um combo de sanduíches para o terceiro colocado.

De acordo com o tenente-coronel Renan Carvalho, comandante da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), uma denúncia anônima recebida via WhatsApp alertou a polícia sobre a possível distribuição de drogas no local. “A denúncia chegou através do WhatsApp Denúncia do batalhão, e fomos verificar”, explicou.

Apesar da ação, nenhuma apreensão de entorpecentes ou prisões foram realizadas. O comandante afirmou que as drogas seriam distribuídas apenas ao final do campeonato e não estavam no local durante a abordagem. A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) para esclarecer se foi aberta investigação sobre o caso e se há indícios de envolvimento de traficantes ou outros crimes ligados ao evento. Também foi questionado quais medidas estão sendo tomadas para coibir o tráfico e o uso de drogas em espaços públicos da capital. Até o fechamento desta matéria, não houve retorno por parte da pasta. O caso chama atenção para a ousadia na organização de eventos com prêmios ilegais e reforça o debate sobre o combate ao tráfico de drogas em áreas urbanas de Manaus.