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Consternação em Itapetinga: Garoto Yuri Gonçalves de Jesus, espancado até a morte, foi vítima de “fake news”

A criança foi localizada pela manhã e um exame de corpo de delito realizado nela, pela Polícia Técnica, no entanto, afastou qualquer possibilidade de estupro.

Um crime brutal e cercado de tragédias chocou a cidade de Itapetinga e região na manhã desta quinta-feira (11), quando Yuri Gonçalves de Jesus, um jovem de 16 anos, completados no dia do crime, portador de transtorno do espectro autista (TEA), foi espancado até a morte no Residencial Neto Fernandes sob a acusação infundada de ter cometido abuso sexual contra uma criança de 5 anos.

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Segundo apurado pelo Blog do Marcelo, o jovem, que vivia em situação de extrema vulnerabilidade social — filho de um pai também autista e de uma mãe que abandonou a família por conta do envolvimento com drogas — foi cercado por populares por volta das 11h, após a menina ser encontrada desaparecida desde a noite anterior. A comunidade, em clima de comoção, rapidamente levantou a hipótese de violência sexual, direcionando os olhares para Yuri, conhecido por comportamentos atípicos decorrentes do autismo.

A criança foi localizada pela manhã e um exame de corpo de delito realizado nela, pela Polícia Técnica, no entanto, trouxe um dado crucial: não houve conjunção carnal nem lesões compatíveis com abuso sexual. A informação derrubou a principal acusação que motivou a fúria coletiva contra o jovem. Portanto, Yuri foi vítima de “fake news”, pagando inocentemente com a própria vida. Com a confirmação da inocência de Yuri, o caso ganhou contornos ainda mais dramáticos. Familiares relatam que ele era constantemente alvo de preconceito e isolamento, mesmo dentro do próprio ambiente familiar, onde convivia com vários irmãos em condição de descaso social.

O Núcleo Especializado de Atendimento à Mulher (NEAM) informou que acompanha o caso e já iniciou apoio psicossocial à família da criança, além de colaborar com as autoridades para evitar novas escaladas de violência baseadas em boatos. Enquanto isso, o Serviço de Inteligência da Polícia Civil intensifica as investigações para identificar e prender os responsáveis pelo linchamento. Imagens de câmeras de segurança da região estão sendo analisadas, e testemunhas estão sendo ouvidas. A delegacia local classificou o episódio como homicídio qualificado por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.



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