Tragédia em Itapetinga: Garoto autista de 16 anos morreu espancado por dez pessoas no dia do próprio aniversário
Os agressores, todos ligados ao tráfico de drogas na região, invadiram a residência onde Yuri estava e o atacaram com barras de ferro e pedaços de madeira.

Um crime de extrema crueldade abalou a cidade de Itapetinga na manhã desta quinta-feira (11), data em que Yuri Gonçalves de Jesus completava 16 anos. Com necessidades especiais e descrito por amigos e familiares como um jovem dócil, sem maldade e com o comportamento de uma criança, Yuri foi espancado até a morte por um grupo de dez homens no Residencial Neto Fernandes, supostamente acusado de envolvimento em um delito que não chegou a ser comprovado.
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Segundo apurado pelo Blog do Marcelo, os agressores, todos ligados ao tráfico de drogas na região, invadiram a residência onde Yuri estava e o atacaram com barras de ferro e pedaços de madeira. A violência foi tamanha que o adolescente teve os braços e pernas fraturados. Apesar do rápido socorro prestado pela equipe do SAMU 192, ele não resistiu aos ferimentos e veio a óbito ainda no local.
Testemunhas relatam que, mesmo entre gritos de dor, as últimas palavras de Yuri foram um pedido inocente: “Posso ir para a escola?”. A frase, carregada de simplicidade e pureza, contrasta com a barbárie do ato cometido por seus algozes. Moradores do entorno afirmam que Yuri era bem visto na comunidade. “Era uma criança sem maldade alguma. Não faria mal nem a uma formiga”, disse um vizinho, visivelmente emocionado. A família do adolescente está devastada e pede justiça. A Polícia Civil já instaurou inquérito para apurar as circunstâncias do crime. Até o momento, nenhum dos dez suspeitos foi preso, mas as forças de segurança trabalham com base em depoimentos e imagens de câmeras de segurança da região para identificar e prender os responsáveis. O caso reforça o debate sobre a vulnerabilidade de pessoas com deficiência em áreas de conflito e a impunidade frente à ação de grupos criminosos. A Secretaria de Direitos Humanos do Estado foi acionada para acompanhar o caso, enquanto a comunidade se mobiliza em busca de justiça para Yuri.











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