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Conquista: PRF resgata 29 aves silvestres em operação contra tráfico de animais na rodovia BR-116

Apesar de não terem sido presos em flagrante, os responsáveis poderão enfrentar multas e penas que variam de seis meses a um ano de detenção.

Em uma série de ações realizadas ao longo da quarta-feira (17), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) efetuou o resgate de 29 aves silvestres que eram transportadas de forma irregular na BR-116, no município de Vitória da Conquista. Os animais foram apreendidos em três abordagens distintas no km 830 da rodovia, todas revelando graves indícios de maus-tratos e infrações ambientais.

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A primeira fiscalização resultou na descoberta de dois coleirinhos (Sporophila caerulescens) confinados em uma gaiola minúscula, com fezes misturadas à ração e sem espaço para movimentação. O animal estava sob custódia de um passageiro de um ônibus interestadual. Segundo os agentes, as condições de transporte violavam normas básicas de bem-estar animal. Poucas horas depois, em nova vistoria, a equipe da PRF encontrou mais 24 aves — entre elas 20 coleirinhos e quatro trinca-ferros (Sporophila falcirostris) — distribuídas em apenas três gaiolas superlotadas, sem acesso a água e imersas em sujeira. Os animais estavam em outro ônibus com destino não divulgado, mas já haviam percorrido longa distância, o que agravou seu estado de estresse e desidratação.

Na terceira ocorrência do dia, policiais localizaram três coleirinhos escondidos dentro de uma mochila, também em uma gaiola improvisada e de tamanho inadequado. O indivíduo responsável alegou que levaria os pássaros para “criação doméstica”, mas não apresentou documentação legal exigida pelo Ibama. Segundo apurado pelo Blog do Marcelo, fontes próximas à investigação indicam que há suspeitas de uma rede de tráfico regional envolvendo pequenos criadores e intermediários que aproveitam rotas de transporte coletivo para burlar a fiscalização. As características semelhantes das gaiolas e o perfil dos animais sugerem um possível padrão nas remessas.

Em todos os casos, a restrição de mobilidade, a falta de higiene e a ausência de cuidados essenciais configuram crime de maus-tratos, previsto no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), além do delito de transporte ilegal de fauna silvestre sem autorização. Os envolvidos assinaram Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e deverão responder judicialmente pelos atos. Apesar de não terem sido presos em flagrante, poderão enfrentar multas e penas que variam de seis meses a um ano de detenção, dependendo da decisão do Poder Judiciário. As 29 aves resgatadas foram encaminhadas ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) de Vitória da Conquista, unidade vinculada ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), onde passarão por avaliação veterinária, reabilitação e, quando aptos, serão reintegrados à natureza.



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