Ainda em minoria, mulheres ganham mais espaço em liderança de TI

fonte_infodo Info Online

Um estudo promovido pela Catho Online apontou que houve aumento da participação feminina em cargos de chefia como presidência, diretoria e gerencia.

Segundo a pesquisa, em 1996, o número de mulheres que ocupavam o cargo de CEOs era de 10,39%. O número teve um aumento de 12,49% em 13 anos, chegando a 21,88% até o começo de 2010.

Apesar do crescimento geral, os números mostram uma estagnação no setor de tecnologia. Em 2008, por exemplo, a participação de profissionais em TI era de 16,06%. Apenas 0,08% a menos do que o cenário atual, de 16,14%.

De acordo com Accenture, especializada em consultoria de gestão, uma das chaves para a manutenção e conquista desses cargos nas áreas de chefia é a capacidade que as mulheres têm de lidar com desafios e transformá-los em oportunidades.

A companhia, que liderou um estudo com 500 empresas sobre o assunto, apontou que 53% dos entrevistados acham que a força de trabalho feminina é mais resilente. Outro ponto interessante é que 60% dos respondentes afirmaram que oferecem incentivos à carreira dessas profissionais, enquanto os 40% restantes preferem investir em preparação para cargos de gerencia sênior.

“Resiliência é a combinação de adaptabilidade, flexibilidade e determinação. Pode ser o novo critério de avanço profissional”, disse Adrian Lajtha, diretor de liderança da Accenture. “No momento atual de incerteza econômica e intensa competitividade, as organizações que incutirem a resiliência na sua liderança em desenvolvimento terão uma vantagem clara”, declarou.

Fim do machismo em TI?

Para Adriano Filadoro, sócio da Online Brasil, a forte presença masculina no setor de TI é uma questão mais cultural do que comportamental. “Se antes a mulher não se entusiasmava por muitas carreiras na área de exatas, hoje esse cenário está sendo revertido. Basta checar a lista de candidatas aprovadas no vestibular para engenharia, por exemplo”, diz.

O executivo acredita que a tendência é de que o público feminino passe a ocupar mais espaço no mercado dominado por homens, que somam quase 80% da força de trabalho em tecnologia.

“Primeiramente, a mulher desempenha um novo tipo de liderança, muito mais participativa. Além disso, sua intuição normalmente mais aguçada é ideal para detectar necessidades dos clientes nem sempre latentes, além de problemas e soluções”, afirma Filadoro ao ressaltar as qualidades das profissionais.

Ele também cita a criação do National Center for Women & Information Technology (NCWIT), em 2004, como um bom exemplo de incentivo ao aproveitamento do potencial feminino. O objetivo do projeto é fazer com que as mulheres a ingressem na área de TI. Outra iniciativa interessante no mesmo caminho é o DotDiva, que ressalta o potencial de trabalho em equipe das mulheres.

“Quando se trabalha num projeto de infraestrutura de TI, independentemente da área de atuação do cliente, temos algumas certezas absolutas: primeiro, que o sucesso dependerá diretamente de um trabalho de equipe bem equalizado; depois, que fará muita diferença não só na redução da planilha de custos da empresa, como no aumento de performance e outros ganhos indiretos”, diz Filadoro.

Entre executivas de destaque no mundo da Tecnologia estão hoje Carol Bartz, CEO do Yahoo!, e Marissa Meyer, vice-presidente de produtos de busca e experiência do usuário do Google.

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