Ela está entre os 88 acusados de desvio de verbas e teria recebido recursos de campanha
A Justiça do Rio de Janeiro aceitou nesta quinta-feira (4) ação civil pública do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro que acusa 88 pessoas de desvio de verbas públicas por meio de ONGs (Organizações Não-Governamentais) e empresas de "fachada". A atriz Deborah Secco está entre os acusados.
Na mesma ação, estão incluídos o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho e sua mulher, a atual prefeita de Campos dos Goytacazes (RJ) e ex-governadora, Rosinha Garotinho. De acordo com o órgão, o prejuízo aos cofres públicos, conforme apurado pelas Promotorias de Justiça de Tutela Coletiva da Cidadania, foi de pelo menos R$ 58 milhões.
O Ministério Público informou que a atriz foi destinatária de parte desta verba desviada. Seu pai, Ricardo Secco, também está entre os acusados. A assessoria de imprensa de Deborah Secco informou que ela ainda não foi notificada sobre o assunto e, por enquanto, não se pronunciará sobre o fato.
Parte dos recursos supostamente desviados foi, segundo o MP, depositada em conta do PMDB destinada ao financiamento da campanha da pré-candidatura de Anthony Garotinho à Presidência da República, em 2006.
A Justiça informou que a ação da Promotoria, feita com pedido de liminar, solicita inicialmente a quebra de sigilo bancário de todos os réus entre junho de 2003 e dezembro de 2007, o bloqueio de valores nas contas dos mesmos e também o arresto dos bens que não podem ser negociados.
Outro lado
Ao tomar conhecimento de que a Justiça acatou a ação do Ministério Público, o ex-governador fez comentários em seu blog esta tarde.
-Acho ótimo, não tenho nada a temer
Garotinho afirmou ainda que, em 2002, após deixar o governo para se candidatar à Presidência, ele entregou ao Ministério Público Estadual um documento em que ele e a mulher abriam mão dos sigilos bancário e fiscal.
-Alguém conhece outro político que tenha tido coragem de tomar a iniciativa de abrir mão do seu sigilo bancário e fiscal, e do de sua esposa? Se naquela época já deixei o Ministério Público e a Justiça à vontade para terem acesso a essas informações, agora não seria diferente. Por isso deixo claro, que considero a decisão da juíza importante para que não paire qualquer dúvida sobre a honestidade, minha e de Rosinha, que não temos nada a esconder
Pela manhã, no mesmo blog, Garotinho comentou que a ação do Ministério Público era " jogada política".
- É tudo jogada política para repercutir amanhã, nos jornais. Duas ações semelhantes já foram propostas por esses mesmos promotores e foram extintas pela Justiça, por falta de base que as sustentasse. O destino da nova ação não será diferente. Eles sabem disso, mas querem fabricar manchetes, com o intuito de me prejudicar e bajular o governador Sérgio Cabral.
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