Narrador se emociona ao falar sobre o mestre do jornalismo esportivo
Em entrevista por telefone ao programa "Redação Sportv", o narrador Galvão Bueno usou uma frase do próprio Armando Nogueira, que faleceu na manhã desta segunda-feira, para dar síntese ao sentimento profundo pela perda de um grande amigo, um dos maiores mestres do cronismo esportivo.
- O comandante decolou. Ele tinha paixão por ultraleves. Sempre foi nosso mestre. Quando chegar nossa vez, o caminho estará pronto, ele nos dará todas as instruções. Aprendi demais nessa amizade fraterna durante os últimos 30 anos. - disse Galvão.
Galvão conviveu por mais de três décadas com Armando Nogueira, sendo chefiado por ele em transmissões marcantes de Copas do Mundo e Olimpíadas.
- Convivi muitos anos com o Armando. Tenho uma admiração profissional por ele, que me levou para a "TV Globo" em 1981. Ele tem um lado contemplativo, uma grandeza na alma. Galvão Bueno lembrou de três momentos marcantes ao lado do mestre e amigo:
Medalha na transmissão
- Nas Olimpíadas de 1984, em Los Angeles, depois de quase cinco horas de transmissão, assim que terminamos, ele entrou e disse "meus queridos, quero dizer que vocês acabam de ganhar as primeiras medalhas de ouro dos Jogos Olímpicos. Venham jantar comigo."
Reconhecer o erro
- Outra vez, errei um gol terrivelmente em Recife. Depois ele me chamou e falou "Galvão, meu amigo, quando você errar de novo tenha a humildade de dizer errei."
Silêncio no estádio
- Em 1988 na transmissão de abertura das Olimpíadas de Seul, Armando era nosso anjo da guarda. Ele fazia toda a tradução humanitária da alma dos coreanos, do yin-yang. Um menino entra com uma rodinha nas mãos que significava o mundo, e o narrador falava outra coisa. O Armando disse "silêncio". E o narrador: "faz silêncio o estádio. E Armando completa: "meu amor, eu estou pedindo o seu silêncio.
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