A cidade de Eunápolis, no extremo sul da Bahia, foi palco de um crime brutal que evidencia a escalada do conflito entre facções criminosas na região. O corpo de Ana Luiza Lima Brito, de 22 anos, foi encontrado na manhã desta quarta-feira (25), às margens de uma estrada de terra no bairro Delta Park, próximo à BR-367. A jovem foi encontrada esquartejada, com uma das mãos colocada dentro de uma bolsa e um bilhete inserido em sua boca. O conteúdo do recado ainda não foi divulgado pelas autoridades.
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Segundo apurado pelo Blog do Marcelo, o assassinato está sendo investigado como um ato de vingança motivado por rivalidade entre facções. A polícia suspeita que integrantes do Primeiro Comando de Eunápolis (PCE), aliado ao Comando Vermelho, sejam responsáveis pela execução. A motivação estaria ligada à suspeita de que Ana Luiza teria delatado o paradeiro de Matheus Rodrigues de Souza, de 24 anos, para integrantes do Bonde do Maluco (BDM), grupo ao qual ela supostamente planejava migrar. Matheus foi morto a tiros na noite de segunda-feira (23), no bairro Gusmão. A ação foi registrada por uma câmera de segurança:
https://twitter.com/blogdomarcelo/status/1937870669871767597
Câmeras de segurança registraram o momento exato da execução de Matheus, ocorrida em um estabelecimento comercial. As imagens levantam a hipótese de que Ana tenha facilitado o ataque. Apesar de não manterem um relacionamento estável, os dois estavam se aproximando desde que ele deixou o sistema prisional há cerca de uma semana. Para as autoridades, essa conexão pode ter sido fatal para ambos.
O homem acusado de assassinar Matheus já foi identificado pela polícia, mas seu nome permanece sob sigilo para preservar o andamento das investigações. Ele é apontado como executor de desafetos do BDM na região de Eunápolis. Já o caso de Ana Luiza segue sob análise, com a autoria ainda não confirmada oficialmente. Nas redes sociais, a mãe da jovem se pronunciou sobre a tragédia. Em uma publicação emocionada, ela afirmou que a morte da filha foi “fruto de rebeldia”. “O que aconteceu com minha filha é fruto de desobediência. Fruto da rebeldia, de achar que é dona do mundo”, escreveu. A declaração reforça o tom de lamento sobre as escolhas que Ana teria feito, possivelmente envolvendo-se em um ambiente perigoso.
Imagens do assassinato de Ana circularam nas redes sociais, incluindo cenas de extrema violência que mostram partes do esquartejamento. A Polícia Civil alerta que compartilhar esse tipo de conteúdo configura crime e pede colaboração da população para evitar a disseminação de registros sensíveis. O caso reforça o impacto devastador da guerra entre facções criminosas sobre famílias e comunidades locais. Enquanto as investigações avançam, moradores de Eunápolis clamam por medidas mais eficazes para conter a onda de violência que assola a região.
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