O Brasil perdeu nesta quinta-feira (19) um dos nomes mais icônicos da teledramaturgia nacional. Francisco Cuoco, galã que encantou gerações com seus papeis marcantes, faleceu aos 91 anos em São Paulo. A informação foi confirmada pela família à imprensa. O ator estava internado no Hospital Albert Einstein há cerca de 20 dias e enfrentava complicações relacionadas à idade, além de um ferimento infectado, como revelado por sua irmã Grácia, com quem vivia.
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A causa oficial da morte ainda não foi divulgada, mas segundo apurado pelo Blog do Marcelo, Cuoco estava sedado desde o início da internação e vinha recebendo cuidados intensivos. Nos últimos anos, o artista enfrentava desafios físicos e emocionais, incluindo problemas de saúde ligados à obesidade e a ansiedade severa. Recentemente, ele havia revelado pesar cerca de 130 quilos e dependia de cuidadores para realizar atividades básicas do dia a dia, como tomar banho e se locomover.
Trajetória Brilhante
Nascido em 1933 no bairro do Brás, em São Paulo, Francisco Cuoco descobriu cedo sua paixão pelos palcos. Abandonou o curso de Direito para ingressar na Escola de Arte Dramática, onde começou a construir sua trajetória artística. Já nos anos 1950, integrou o prestigiado Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) e o Teatro dos Sete, dividindo espaço com grandes nomes como Fernanda Montenegro e Sérgio Britto.
Sua estreia na televisão aconteceu nos teleteatros da TV Tupi, em uma época em que as transmissões eram ao vivo e exigiam extrema disciplina técnica e performática dos atores. Cuoco rapidamente ganhou destaque em produções das emissoras Record e Excelsior, participando de sucessos como Redenção (1966) e Legião dos Esquecidos (1968). Foi na TV Globo, no entanto, que consolidou seu nome como um dos maiores atores brasileiros. Ao longo de sua carreira, protagonizou novelas memoráveis como Selva de Pedra (1972), O Semideus (1973), Pecado Capital (1975), O Astro (1977) e O Outro (1987). Ao lado de Regina Duarte, formou um dos casais românticos mais queridos da história da teledramaturgia, conquistando público de todas as idades com sua versatilidade e carisma. Além da televisão, Cuoco também se dedicou ao cinema, ao teatro e à música. Lançou dois discos, sendo um deles um álbum de orações, demonstrando sua diversidade artística e espiritualidade.
Os Últimos Anos
Nos anos 2000, Cuoco passou a adotar um ritmo mais tranquilo, participando de papéis coadjuvantes e especiais em novelas e séries da Globo, como Passione (2010), Sol Nascente (2016), Segundo Sol (2018) e Salve-se Quem Puder (2020).
Sua última aparição na TV foi no especial Juntos a Magia Acontece , exibido em 2020. No mesmo ano, foi homenageado na série documental Tributo , do Globoplay, que celebrou sua vasta contribuição para a cultura brasileira. Francisco Cuoco deixa um legado eterno na história da arte nacional. Seu talento, dedicação e capacidade de reinvenção continuam inspirando novas gerações de artistas e espectadores.
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