Maurren sente fisgada na coxa e sai chorando de pista recém-inaugurada

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Campeã olímpica do salto em distância disputava seu primeiro torneio no Brasil desde o retorno às competições. Marca no primeiro salto lhe deu a vitória.

Era para ser somente um evento comemorativo, marcando a inauguração da pista do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP), em São Paulo. Para Maurren Maggi, campeã olímpica do salto em distância, significava também seu retorno às competições no Brasil, após a operação no joelho direito, no ano passado. A uma passada do primeiro passo, porém, a atleta sentiu uma fisgada na coxa esquerda e saiu da pista chorando.

Antes da prova, Maurren parecia confiante. No aquecimento, estava cantando e conversando animada com uma amiga. Na hora do salto, alcançou 6,45m, marca que lhe daria a vitória, mesmo com a lesão. Ao deixar a caixa de areia, parecia tranquila. Caminhou até o banco onde estava seu material e, então, começou a chorar. Vestiu sua roupa e pediu atendimento. Os médicos e o treinador Nélio Moura tentavam, em vão, acalmá-la.

- Não posso ficar tranquila. Está doendo muito - dizia Maurren.

Depois de receber o tratamento, Maurren foi levada para dentro de uma ambulância, para sair da mira dos jornalistas. Em seguida, foi com o pai para casa. Neste sábado, a campeã olímpica deve passar por exames para saber a gravidade da lesão. Nélio, no entanto, afirmou que não foi nada sério.

- É mais pelo lado emocional. A temporada dela estava começando agora. Quem é do meio e a viu no aquecimento, sabia que ela faria uma ótima marca. O risco de um atleta que está voltando de lesão é reincidir, o que não é o caso. Ela está chateada. Perdeu a oportunidade de voltar a competir no Brasil com uma ótima marca. Ninguém percebeu na hora. Quando o atleta tem uma lesão muscular, parece uma pedrada, não consegue nem andar. Foi quando ela me disse: "Senti a coxa". Acontece, mas não é o que a gente estava esperando.

Nélio afirmou que, apesar de ter sido uma volta frustrante ao país, ela terá força para retornar logo à nova pista.

- Frustrante é a palavra certa. Mas com certeza não é nada. Terá de dar passos mais curtos, mas logo estará de volta e vai poder aproveitar a pista.

Maurren era a principal convidada do evento. A pista do CT, no bairro Vila Clementino, possui o mesmo tipo de piso que o Estádio Olímpico de Berlim, onde foi realizado o Mundial, no ano passado.

No início do mês, a saltadora voltou às pistas depois de ficar mais de nove meses se recuperando de uma artroscopia no joelho direito. Contratada pelo São Paulo, ela venceu o Meeting de Ávila, na Espanha, ao saltar 6,36m. Em Pequim-2008, Maurren saltou 7,04m para levar o ouro.

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