Igor Fernandes teve complicações após suposta picada de aranha. Ele vai fazer exames no Instituto da Criança do Hospital das Clínicas.
O menino Igor Ferreira, de 11 meses, que teve a perna esquerda amputada após uma suposta picada de aranha em Alagoinhas (BA), em 21 de fevereiro, foi internado no Instituto da Criança do Hospital das Clínicas na madrugada desta sexta-feira (19). Segundo informações do boletim médico, ele está com infecção grave.
Ainda de acordo com o instituto, uma bateria de exames está sendo feita pela equipe médica que vai tratar do menino antes da realização de uma nova cirurgia. Segundo informações do Hospital Jorge Valente, onde a criança ficou internada em Salvador, pelo menos quatro cirurgias já foram feitas para conter a necrose no corpo do menino.
Humberto Silveira Alves, diretor do Hospital Jorge Valente, disse que o diagnóstico sobre o problema de saúde de Igor ainda está em aberto, embora uma análise inicial ter indicado que o ferimento na perna do menino pudesse ter sido provocado por uma picada de aranha.
"O ferimento incial foi tratado, fizemos mais de quatro cirurgias para a retirada da pele morta, mas a necrose avançou assustadoramente pelo corpo do menino, atingindo até as nádegas dele. O ferimento tinha características de picada de aranha, mas a necrose deveria parar de evoluir após o paciente receber a medicação. Não foi isso que aconteceu", disse Alves.
A mãe de Igor, Jamille Ferreira do Nascimento, 27 anos, optou por sair da Bahia e internar o filho em São Paulo porque os ferimentos não param de aumentar. "A necrose já provocou a amputação de uma das pernas de meu filho e não temos um diagnóstico claro sobre o que está acontecendo com ele."
Veneno de aranha
Daniel Rebouças, médico toxicologista e diretor do Centro de Informações Antiveneno (Ciave) da Bahia, fez a avaliação do ferimento na perna de Igor e chegou a um diagnóstico preliminar.
"Analisamos as características da lesão e ministramos o soro antiaracnídeo. A evolução do estado de saúde do menino nos leva a crer que pode ter havido um outro agente causador do problema, que ainda é desconhecido. É um caso diferenciado."
Segundo a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), como nenhum animal ou inseto foi encontrado na casa de Igor, os médicos enfrentam dificuldade em estabelecer o diagnóstico do caso.
Igor e os pais viajaram para São Paulo em um avião com UTI, cedido pela Sesab. Jamille tem outro filho de 6 anos, que ficou em Alagoinhas.
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