Suspeito afirmou que o dono da empresa responsável pela obra deixou planta com ele para que fosse analisada.
A planta do prédio Guaratinga, que desabou na noite de sábado (17) em Pernambués, foi encontrada na casa de Luis Carlos Dias, de 55 anos, um falso engenheiro civil preso na manhã desta quarta-feira (21). Em depoimento na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), responsável pela prisão, Luis afirmou ser amigo e já ter trabalhado com o engenheiro Eduardo Wesley Lima de Aquino, responsável pela obra do Edifício Guaratinga.
Porém, segundo o delegado Antonio Carlos Pereira, titular da DRFR, ele negou que tenha trabalhado na obra do prédio em Pernambués. Luis disse também que o dono da empresa Marques Lima Construções, Sílvio de Jesus Lima, deixou a planta com ele para que fosse analisada.
Luis foi preso na manhã de hoje na Rua Rosa dos Reis, em Plataforma, acusado de atuar como engenheiro civil desde 1988 sem ter formação em nível superior. Luis tem carteira do CREA e na carteira profissional dele consta que ele já foi contratado para trabalhar como engenheiro.
Porém, os policiais identificaram que o falso engenheiro tem duas identidades registradas na Bahia e no Rio de Janeiro. Ele foi encontrado a partir de denúncias feitas por vítimas, entre elas, um policial aposentado. Luis foi reconhecido pelas vítimas e apresentado às 15h, na DRFR, na Baixa do Fiscal, onde foi autuado em flagrante. Luis será encaminhado para a 11º Delegacia de Polícia (Tancredo Neves), responsável pelas investigações sobre o desabamento do edifício Guaratinga.
Desabamento
O desabamento ocorrido na noite de sábado (17), em Pernambués, provocou a morte de Nívea Moura, do estudante Caio Anunciação Moura, 20 anos, e do vigilante do imóvel, Renildo Gomes Miranda, 23 anos. Os filhos de Nívea, Cecília Moura, 7 anos, e André Moura, 8 anos, foram resgatados com vida.
A obra do edifício Guaratinga já havia sido inspecionada três vezes pela Superintendência de Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom), mas não foi embargada. Segundo o superintendente do órgão, os fiscais estiveram três vezes no local e não encontraram operários trabalhando, o que indicaria que a obra estava parada. O episódio levou a Sucom a modificar a forma de notificação. O edifício seria entregue aos compradores esta semana.
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