Presidente Donald Trump proíbe Alexandre de Moraes e mais 7 ministros do STF de entrarem nos EUA. Confira a lista

Governo americano justificou a decisão afirmando que os magistrados brasileiros estariam conduzindo uma "caça política" contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O anúncio feito pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, na sexta-feira (18), de que revogaria os vistos do ministro Alexandre de Moraes e de seus "aliados no tribunal", não se limitou apenas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), como inicialmente divulgado. A medida adotada pelo governo norte-americano atinge outros sete ministros da Corte e o Procurador-Geral da República, Paulo Gonet.

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Além de Moraes, os ministros Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Gilmar Mendes também tiveram seus vistos cancelados, assim como seus familiares diretos. Apenas Luiz Fux, André Mendonça e Nunes Marques — estes dois últimos indicados ao STF pelo ex-presidente Jair Bolsonaro — não foram incluídos na lista.

Rubio justificou a decisão afirmando que os magistrados brasileiros estariam conduzindo uma "caça política" contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, especialmente após a determinação de uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de saída do país decretada por Moraes na manhã da última sexta-feira. O senador norte-americano classificou tais medidas como "ditatoriais" e disse que elas violariam liberdades fundamentais, afetando inclusive cidadãos dos Estados Unidos.

“O presidente dos Estados Unidos deixou claro que seu governo responsabilizará estrangeiros responsáveis pela censura da liberdade de expressão protegida nos Estados Unidos”, disse Rubio em nota oficial. “A caça às bruxas política do Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, contra Jair Bolsonaro criou um complexo de perseguição e censura tão abrangente que não apenas viola direitos básicos dos brasileiros, mas também se estende além das fronteiras do Brasil, atingindo os americanos.” A medida foi adotada horas depois de a 1ª Turma do STF referendar, por maioria de votos, as restrições impostas a Bolsonaro no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado e o envolvimento do ex-presidente nos ataques de 8 de janeiro de 2023 ao Congresso, ao Planalto e ao STF. A reação dos Estados Unidos elevou a tensão institucional entre os dois países e promete gerar impacto nas relações diplomáticas e jurídicas bilaterais. O Itamaraty ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.

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