A vítima pediu ao neto que usasse o trator para puxar o caminhão. Manoel posicionou-se entre os dois veículos para orientar a operação. Foi nesse momento que tudo saiu do controle.

Um homem de 49 anos, identificado como Manoel Joaquim de Oliveira, morreu na tarde desta sexta-feira (6) após ser prensado entre um trator e um caminhão dentro da própria fazenda, localizada na localidade de São Francisco, zona rural de Rio Novo do Sul, no Sul do Espírito Santo.

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De acordo com informações repassadas à imprensa, a vítima teria solicitado ajuda ao neto, uma criança de 11 anos, para realizar uma manobra com o trator e desatolar o caminhão que estava sendo utilizado por um funcionário. O menino assumiu a direção do trator, prática comum segundo familiares, já que ele ajudava nas atividades rurais com frequência. O motorista do caminhão contou à polícia que estava realizando um serviço para Manoel quando o veículo atolou. Segundo ele, foi então que a vítima pediu ao neto que usasse o trator para puxar o caminhão. Manoel posicionou-se entre os dois veículos para orientar a operação.

Foi nesse momento que tudo saiu do controle. O caminhoneiro relatou ter sentido um leve impacto na carroceria e ouvido gritos vindos do local. Ao descer do veículo, encontrou Manoel caído no chão, gravemente ferido. A criança, assustada, afirmou que seu pé escorregou ao tentar acionar a embreagem do trator, perdendo o controle do equipamento, que avançou contra o caminhão — prensando o avô.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas ao chegar ao local, apenas constatou o óbito da vítima, que não resistiu aos ferimentos. A criança foi levada para a delegacia acompanhada pelos pais. As testemunhas foram ouvidas pela Polícia Civil na Delegacia Regional de Itapemirim, enquanto as investigações ficarão sob responsabilidade da DP de Rio Novo do Sul. O corpo de Manoel Joaquim de Oliveira foi encaminhado para exame necroscópico na Seção Regional de Medicina Legal (SML), em Cachoeiro de Itapemirim, e depois liberado para sepultamento. O caso reacende o debate sobre a segurança no uso de maquinários agrícolas por crianças, mesmo em ambiente familiar e rural, destacando a necessidade de maior atenção às normas de prevenção de acidentes domésticos e profissionais.