O AF-1 Skyhawk é um modelo histórico dentro da frota brasileira. Adquirido da Força Aérea do Kuwait em 1997, os exemplares chegaram ao Brasil no ano seguinte.

A rotina tranquila dos moradores de Vitória da Conquista foi interrompida na tarde desta sexta-feira (7) por um ruído inconfundível: o potente ronco de um motor turbojato. O responsável pelo momento de suspense e curiosidade foi nada menos que um caça AF-1 Skyhawk, pertencente ao 1º Esquadrão de Aviões de Interceptação e Ataque (VF-1), conhecido como Esquadrão Falcão, da Marinha do Brasil.

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O sobrevoo, rápido mas marcante, chamou a atenção de quem estava nas ruas. Muitos pararam para olhar o céu e registrar o instante em que o jato cruzava a cidade em baixa altitude. Segundo apurado pelo Blog do Marcelo, não há ainda uma nota oficial da Marinha explicando o motivo da passagem da aeronave pela região, mas fontes ligadas à aviação naval indicam que pode ter se tratado de um deslocamento operacional ou parte de um exercício de treinamento. Assista:

https://twitter.com/blogdomarcelo/status/1931348113639223446

O AF-1 Skyhawk é um modelo histórico dentro da frota brasileira. Adquirido da Força Aérea do Kuwait em 1997, os exemplares chegaram ao Brasil no ano seguinte e desde então passaram por um processo de modernização. Hoje, são designados como AF-1B e AF-1C e continuam em uso estratégico pela Marinha, tanto em missões de defesa quanto em atividades de instrução avançada.

Além disso, algumas dessas aeronaves já tiveram papel importante em operações navais embarcadas, tendo atuado nos porta-aviões NAeL Minas Gerais e NAe São Paulo . Antes mesmo de integrarem as fileiras brasileiras, porém, alguns dos Skyhawks em serviço no Kuwait participaram diretamente da Guerra do Golfo em 1991, realizando missões de ataque e escolta aérea. Apesar do mistério que cerca o voo sobre Vitória da Conquista, especialistas consultados destacam que movimentos como esse são comuns e fazem parte da estratégia de manutenção da prontidão operacional das forças armadas. Até o fechamento desta edição, a Marinha do Brasil não havia respondido aos contatos da reportagem. Mesmo sem explicações oficiais, o episódio reforça a presença da aviação naval brasileira e sua capacidade de atuação em diferentes regiões do país.