do A Tarde
Neste feriado de Natal, o menino M.S.A., de 2 anos, andou pela primeira vez nesta sexta-feira, 25, desde que chegou ao Hospital Ana Neri, em Salvador, há pouco mais de uma semana. Com a ajuda do fisioterapeuta, o garoto deu os primeiros passos após a cirurgia realizada na quarta- feira, 23, durante a qual 14 agulhas foram extraídas da região abdominal, incluindo fígado e bexiga.
Em razão da progressiva melhora apresentada pelo garoto, que teve dezenas de agulhas introduzidas por todo corpo, ele deve ter alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica amanhã, segundo o diretor da unidade médica do Hospital Ana Neri, Roque Aras.
A transferência para o quarto, no entanto, só será confirmada após avaliação detalhada, no período da manhã, de toda a equipe multidisciplinar, que o acompanha. “Essa caminhada faz parte do processo de recuperação dele”, explicou Aras.
Em uma semana, o menino passou por duas cirurgias, que resultaram na retirada de 18 agulhas do seu corpo. A primeira, no dia 18, retirou dois dos objetos que perfuravam o pulmão e outras dois que ameaçavam o coração. A segunda foi a realizada nesta quarta- feira, 23. Um terceiro e provavelmente último procedimento cirúrgico deverá acontecer na próxima semana, quando serão extraídos objetos metálicos localizados no canal medular e na região do pescoço, que ainda impõem riscos à vida do menino.
Aras disse que a criança se alimenta normalmente, mas ainda usa sonda vesical, que deverá ser retirada dentro de dois dias. “Os exames demonstram que já não existem sinais de infecção e ele está muito bem”, observou o médico.
Em Ibotirama, cidade localizada às margens do Rio São Francisco, no interior baiano, o três acusados da tentativa de homicídio contra o menino seguem presos. Dois deles, o padrasto do menino, Roberto Carlos Magalhães, que confessou ter introduzido as agulhas no garoto, e a suposta amante dele, Capistana Ribeiro dos Santos, com a prisão preventiva decreta. A amiga de Angelina, Maria dos Anjos Nascimento, que também foi apontada por Roberto Carlos como cúmplice, pode ser liberada por falta de provas concretas.