do Último Segundo
Jornalista diz que cancelou pacote em última hora e escapou de tragédia. Valor chegava a R$10.900,00 para seis pessoas, informa.
Quem quisesse passar o réveillon na pousada Sankay, soterrada na madrugada desta sexta-feira (1º) na Ilha Grande, em Angra dos Reis (RJ), teria que desembolsar pelo menos R$ 5.300 por casal, informa um jornalista que diz ter confirmado a compra do pacote, mas desistiu da viagem.
Segundo e-mail reproduzido no blog do carioca Mario Marques, os preços poderiam chegar a até R$ 10.900 para um quarto preparado para seis pessoas. A mensagem foi recebida pelo jornalista quando ele pediu à pousada mais informações sobre a hospedagem no réveillon.
No pacote para o quarto “Garoupa”, o mais caro, a Sankay oferecia cama “extra-kingsize”, banheiro, varanda com rede e vista para o mar, frigobar, ar condicionado, ventilador, TV, secador de cabelo, roupão de banho e aparelho de CD e DVD.
Fora do réveillon, o quarto mais caro da Sankay custava R$ 490 por pessoa na alta temporada. Além deste quarto, o local oferecia outros quatro estilos de apartamentos que custavam entre R$ 350 e R$ 235 por pessoa na alta estação, informa o site da pousada.
Cancelamento na última hora
Mario planejava levar a esposa e a filha Beatriz, de 10 meses, para passarem a virada de ano na Ilha Grande. Em 14 de novembro, o jornalista diz que confirmou à Sankay, por e-mail, que iria comprar um pacote para a virada. Ele e a família passariam seis dias na pequena Praia do Bananal, com direito a passeios de barco pelas ilhas vizinhas e champanhe para a confraternização no dia 31, no deck da pousada. O pacote também incluía o traslado, caiaques e guia para trilhas.
Segundo Mario, a desistência veio em cima da hora, no momento em que entrou na internet para depositar o adiantamento exigido pela pousada. “Minha mulher perguntou: lá tem hospital?” Por causa da pequena Beatriz, os dois desistiram de Ilha Grande e acabaram indo para um hotel fazenda em Pouso Alto, no sul de Minas.
O casal, que mora no Rio de Janeiro, soube da tragédia nesta manhã, quando Mario ligou o computador, ainda em Minas Gerais. “A gente ficou meio transtornado aqui. Hoje a gente nem saiu do quarto”, conta o jornalista, que não sabe dizer de onde surgiu tanta sorte. “Não sei. A gente está brincando aqui que a Beatriz está mais risonha, mais brincalhona”.