do Radar Econômico

A Daslu está em fase avançada de negociações para ser vendida ao fundo Pactual Capital Partners (PCP), diz reportagem publicada ontem no jornal Valor Econômico, reiterando as afirmações do site Glamurama.
O objetivo do comprador é adquirir a parte boa da marca Daslu, segundo o Valor. O prédio da loja não interessa.
A imagem da Daslu ficou desgastada há cerca de quatro anos, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Narciso. Na ocasião, a dona da Daslu, Eliana Tranchesi, e seu irmão, Antonio Carlos Piva de Albuquerque, foram detidos.
O fundo interessado é gerido por Gilberto Sayão, ex-sócio do banco Pactual, e reúne dinheiro de outros ex-sócios e alguns atuais sócios. A compra, se ocorrer, será feita por meio da Interbrands, empresa do PCP que investe em participação de companhias na área de moda.
O fundo e a Daslu não comentam as informações. O jornal acrescentou que nada será anunciado hoje, apesar do avanço nas negociações.
Alto risco leva Daslu a ficar com capital fechado
Pouco antes de inaugurar a suntuosa loja na Marginal Pinheiros, há cinco anos, a Daslu traçou a meta ambiciosa: abrir o seu capital em 2010. Mas, com o estouro do escândalo do subfaturamento de importação – que ao longo do tempo acabou comprometendo a imagem e os negócios da butique -, a empresária Eliana Tranchesi se viu obrigada a mudar radicalmente seus planos.
Há um ano, ela tenta vender a sua empresa. No fim do ano passado, a Daslu iniciou conversas com a Inbrands, controlada pelo do fundo Pactual Capital Partners (PCP), dos ex-sócios do Banco Pactual. A empresa é dona das grifes Ellus, Isabela Capeto e Herchcovitch; Alexandre e dos eventos SP Fashion Week e do Fashion Rio. Mas, até agora, as negociações estão longe de ser concluídas.
Mergulhada em dívidas fiscais estimadas em mais de R$ 900 milhões, a Daslu é considerada um investimento de alto risco. Além disso, carrega um grande passivo de imagem. “As chances desse negócio ser fechado são remotas, de menos de 50%”, diz um dos sócios do fundo PCP. “Temos outras negociações mais avançadas.”
Segundo uma fonte próxima, o negócio que interessaria à Inbrands é apenas a marca Daslu (a butique vende roupas femininas, masculinas e infantis e produtos para casa com a marca própria). Procurados, tanto a Inbrands como a Daslu não quiseram se manifestar.