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Aumento do preço do álcool incentiva maior procura por GNV na Bahia

do A Tarde
Clientes acreditam que gás natural é melhor opção em tempos de álcool e gasolina mais caros

Os pedidos de orçamentos e o movimento nas lojas comprovam: pelo menos um segmento vê como um alento a alta dos preços do álcool e da gasolina. A movimentação de motoristas nas oficinas para conversão de veículos ao gás natural veicular (GNV) aumentou e algumas empresas já alimentam a expectativa de dobrar o número de vendas e instalação do kit gás até o mês de maio, quando a nova safra de cana-de-açúcar entrar no mercado e o preço do álcool baixar outra vez.

O taxista Roberto Almeida só se decidiu pela conversão depois que o veículo já estava com quase 20 mil quilômetros rodados. “Tentei andar no álcool mesmo, mas o preço subiu demais”, reclama. Ele trocou o carro em 2009 por um modelo flex e queria evitar o gasto com a conversão e com a manutenção do veículo. “Dizem que os custos hoje em dia diminuíram, mas eu ainda acho que o gás prejudica um pouco o carro”. O problema é que para ele, que chega a rodar 120 km por dia, o gasto se tornou insuportável nos últimos dias.

O preço do kit gás caiu nos últimos anos, mas ainda é apontado como um dos grandes obstáculos para o desenvolvimento do setor. A operação que há dois anos não saia por menos de R$ 2,5 mil, pode ser realizada hoje por R$ 2 mil com o uso de todas as peças novas. Com a opção do cilindro de gás usado, o serviço pode ser feito a partir de R$ 1,7 mil.

Na hora de abastecer, os especialistas destacam que o preço do gás é bem mais barato que o da gasolina ou do álcool. Entretanto, por exigir um investimento inicial relativamente alto, o kit é indicado como atraente para veículos que rodam mais de 100 km por dia. Com base nos preços médios dos combustíveis e em uma produtividade média de 10 km por litro de gasolina, o retorno do investimento aconteceria em 5,1 meses. Já motoristas que rodam 25 km por dia, levariam um ano e meio para ter o retorno sobre o investimento de conversão.

Financiamentos – O comerciante Luciano Vieira Gomes tem o gás há um ano. Ele viaja muito pelo interior e sente no bolso quando vai para locais que não tem GNV. “O gasto aumenta bastante”, conta. Juntando os três combustíveis, o gasto mensal dele é de quase R$ 550.

Apesar da queda no preço, os financiamentos, que permitiam parcelar a conversão em até 36 meses, sumiram. “O mais comum era entre 16 e 24 meses e havia disputa entre as financeiras para ver quem ficava com o cliente”, lembra o gerente da Gás Auto, Jorge Aragão. Para ele, o maior problema do gás natural veicular na Bahia é a falta de incentivo público. “No Rio de Janeiro, o governo incentiva através de desconto no IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores)”, diz.

Para exemplificar a situação do negócio, ele abre a planilha de vendas. Em setembro, foram 20 carros. Outubro, 22. Novembro, caiu para 12. E em dezembro, apenas 9. “Do jeito que as coisas estão nós não teremos perspectivas de futuro”, avisa. Hoje na empresa são apenas 8 funcionários, mas o número já chegou a 20 nos tempos áureos.

De acordo com o supervisor de vendas da Autogás F. Sampaio, Wilson Souza Santos, as operações de conversão oscilam bastante durante o ano, em direção contrária à dos preços do álcool. “Quando o álcool aumenta, nosso trabalho também aumenta. Se continuar assim, vamos conseguir chegar às 50 conversões por mês”, calcula. Ultimamente, a empresa vinha registrando uma média de 20 operações mensais. “Há dois anos, quando cheguei aqui, tinha fila de espera”, lembra. Naqueles tempos, a F. Sampaio chegava a instalar o kit gás em 200 carros por mês.

Ele lembra que diversas empresas que atuavam no setor já deixaram a atividade. “Tem gente que está fazendo outras coisas, vendendo motos, instalando ar condicionado, mas muitas lojas fecharam mesmo”, lamenta.

Taxistas – Para o presidente da Associação Metropolitana de Taxistas (AMT), Valdeilson Miguel, a situação do gás poderia ser bem melhor. “Vamos nos articular com as empresas de conversão para solicitar medidas à Bahiagás”, avisa. Segundo ele, os taxistas que estão trocando de carro estão resistindo em aderir ao gás. “Agora que o álcool subiu, a situação piorou. Tem gente fazendo as contas e rodando na gasolina”, conta.

O consumo do gás veicular representou 9% das vendas da Bahiagás em 2009, de acordo com a assessoria de imprensa da empresa. A concessionária destaca que além do menor custo, o combustível, por ser limpo e seco, permitiria um aumento na vida útil e no intervalo de troca do óleo e das velas e ignição, por exemplo. Os 75 postos que vendem o produto na Bahia foram responsáveis por uma comercialização de 232 mil metros cúbicos por dia em 2009.

A segurança é outro fator apontado pela empresa como vantagem no uso do gás. Os cilindros que armazenam o gás seriam resistentes até mesmo ao impacto de projéteis de armas de fogo. O alerta é que na hora de comprar o kit gás e fazer a conversão do motor é importante procurar locais homologados pelo Inmetro , para ter garantia de segurança.



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