do G1
Paulo Octávio disse que seria ‘inconveniente’ ter contratos sem licitação. Governador em exercício afirmou que não pretende sair do DEM.
O governador interino do Distrito Federal, Paulo Octávio (DEM), disse neste domingo (14) que pediu um estudo sobre as empresas investigadas na operação Caixa de Pandora da Polícia Federal que têm contrato com o governo. Segundo ele, não seria “conveniente” seguir com algum projeto com empresas que não passaram por licitação.
“Pedi ao secretário de Planejamento que fizesse um estudo sobre todas as citações de empresas dentro desse processo que ocorre no STJ para avaliar caso a caso. O que tem licitação, o que não tem licitação. A princípio, seria conveniente não prosseguir com nenhum projeto em execução com empresas que não participaram do processo licitatório”, afirmou, durante a visita a um hospital da cidade.
Octávio diz que não cogita sair do DEM –o diretório nacional do partido anunciou, na última quinta-feira (11), que todos os filiados devem deixar o governo do DF–, mas afirmou que não será candidato neste ano. “Já coloquei, já me sacrifiquei ao ponto de dar uma conclusão à vida pública. Não serei candidato em 2010. Quero apenas fazer papel administrativo, um papel executivo de ajudar Brasília nesse momento difícil.”
O governador interino classificou a possível intervenção no DF, pedida pela Procuradoria-Geral da República, como um “golpe à emancipação política de Brasília.” “Nós temos uma intervenção que está nos ameaçando. Isso pode significar um golpe à emancipação política de Brasília. Então nos temos que ter seriedade no momento”, disse.
Paulo Octávio assumiu o governo na última quinta, após o afastamento do governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) -que está preso na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.

Arruda é investigado em inquérito do Superior Tribunal de Justiça que apura um suposto esquema de corrupção no governo do Distrito Federal. O governador afastado é apontado como chefe do suposto esquema, que ele nega existir.
Neste sábado, a Polícia Federal cumpriu 21 mandados de busca e apreensão em casas e repartições do governo. A PF esteve no Centro Administrativo do Governo do Distrito Federal, conhecido como Buritinga, no Palácio do Buriti, sede oficial do governo, em um posto de serviços rápidos do governo e em 12 residências.
Em uma das casas, foram apreendidos US$ 2,6 mil e R$ 1 mil em dinheiro. Nos outos locais, foram apreendidos documentos e mídias. Os endereços das residências não foram revelados pela PF. Neste sábado (13), a Polícia Federal cumpriu 21 mandados de busca e apreensão
Visitas
Neste domingo, o advogado Thiago Bouza, que trabalha no escritório que defende o governador, afirmou que Arruda está “recuperando as forças”. Bouza afirmou que o governador está abatido, mas sereno. Ele vê melhoras no estado de espírito do governador afastado. “Ele está sereno, está bem consciente do que está acontecendo. Ele está recuperando as forças, está abatido, mas está melhorando”.
Ao longo do dia, algumas pessoas tentaram visitar o governador, mas foram impedidos. A PF autorizou apenas a visita de parentes e advogados durante o feriado de Carnaval. Os parentes, inclusive, necessitam agendar a visita. O horário para as visitas termina todos os dias às 18 horas.
O primeiro a ser barrado foi o presidente do diretório do DEM do DF, deputado federal Osório Adriano. Outros dois aposentados tentaram, sem sucesso, se encontrar o governador. Uma outra pessoa que se disse avó de Arruda também foi barrada.
















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