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Cúpula da SSP faz varredura em terreno de desova em Vitória da Conquista

do A Tarde
Um projétil foi encontrado durante a operação no local onde dois corpos foram desovados

A cúpula da Secretaria de Segurança Pública (SSP), formada pelo titular da pasta, César Nunes, o comandante da Polícia Militar, coronel Nilton Mascarenhas, e o delegado chefe da Polícia Civil, Joselito Bispo, fez uma varredura, na manhã desta quarta-feira, 24, em Vitória da Conquista (a 509 Km de Salvador).

A operação foi realizada no Loteamento Guará, bairro Lagoa das Flores, onde foram desovados os corpos das vítimas Henrique e Robson. Um projétil foi encontrado e será encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica para investigação.

Coletiva – Até o momento, não foram pedidas prisões preventivas de nenhum envolvido. Os crimes previstos neste caso são sequestro, homicídio, invasão de residências, intimidação, abuso de autoridade. Os promotores devem se pronunciar somente nesta quinta-feira, 25, em entrevista coletiva.

Nesta terça-feira, 23, a cúpula desembarcou em Conquista para acompanhar as investigações das Polícias Civil e Militar a respeito das 14 mortes e três desaparecimentos de adolescentes ocorridos após o assassinato do policial militar Márcio Lima Silva, 32 anos, no último dia 28 de janeiro. César Nunes foi enviado para a cidade a pedido do Governador do Estado Jaques Wagner.

Nove policiais militares são ouvidos nesta quarta

Outros nove policiais militares que trabalhavam na noite dos crimes cometidos em Vitória da Conquista após o assassinato de um soldado da PM, em janeiro, vão ser interrogados, nesta quarta-feira, 24, totalizando 25 PMs ouvidos.

Eles são lotados no 9º Batalhão da Polícia Militar (BPM/Vitória da Conquista) e na Companhia de Ações Especiais de Sudoeste e Gerais (Caesg). Os interrogatórios começaram por volta das 8h30 desta terça-feira, em duas unidades da Polícia Civil: na 1ª CP (delegacia), no Alto do Maron, e no Distrito Integrado de Segurança Pública (Disep), na  localidade de Jurema.

Os delegados Gabriela de Diego Garrido e Ricardo Húngaro presidiram as oitivas dos PMs. O coordenador regional da Polícia Civil, Odilson Pereira, explicou que o objetivo é confrontar os depoimentos dos PMs com os das testemunhas e parentes de vítimas, além de descobrir o roteiro das viaturas e se chegar às armas utilizadas nas execuções.

Delegados interrogaram, ontem, 16 policiais militares que estavam de plantão na mesma noite em que foi assassinado o soldado Marcelo Márcio Lima Silva e foi iniciada a onda de violência que resultou na morte de mais 14 pessoas e no desaparecimento de outras três, em Vitória da Conquista. Os investigadores querem descobrir qual a participação dos PMs nos homicídios e nos raptos. Os jornalistas não tiveram acesso aos depoimentos nem ao teor dos documentos produzidos, sob alegação de que os processos correm em sigilo.

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