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A agência reguladora de qualidade da China informou que descobriu em investigação da HP que a empresa teria alguns modelos de notebooks com falha e ignorou regras de proteção do consumidor.
A AQSIQ afirmou em comunicado publicado em seu site que, após receber reclamações de consumidores, descobriu que diversos modelos eram afetados por placas de vídeo e telas defeituosas.
As falhas nas placas de vídeo causam o superaquecimento dos computadores e desligamento das telas de alguns notebooks HP Pavilion DV2000 e Compaq Presario v3000, segundo o relatório. Seis modelos, incluindo o HP 541, também teriam problemas na tela.
O comunicado não indica quantos aparelhos foram afetados ao todo. A HP afirmou nesta sexta-feira estar ciente do relatório da reguladora.
“A HP reconhece as descobertas da AQSIQ. Estamos elaborando um plano de ação detalhado para assegurar que todos os problemas serão resolvidos e divulgaremos esse plano em breve”, disse a fabricante de PCs, acrescentando que seu programa de atendimento ao consumidor iria investigar as necessidades de seus clientes.
Segundo a reguladora chinesa, ao lidar com as reclamações, a HP também ignorou regras de proteção ao consumidor com três garantias: reembolso, troca ou conserto.
Houve cerca de 170 reclamações sobre notebooks da HP com defeitos. De acordo com o advogado do grupo de consumidores, alguns problemas datam de 2007. O caso levou a agência do governo chinês a investigar a qualidade dos computadores.
O grupo que abriu o processo inicial queria que o governo investigasse e exigisse que a HP fizesse um recall de todos os notebooks com defeito na China, mas o relatório da reguladora não cita a medida.
O relatório foi enviado ao Ministério de Indústria de Tecnologia da Informação e à Administração de Indústria de Comércio do Estado, segundo o comunicado. A partir de agora, os três órgãos irão monitorar as atividades da HP para assegurar que a empresa cumpra com o código de proteção ao consumidor chinês, de acordo com o comunicado.
A empresa norte-americana gera mais de três quintos de sua receita fora dos Estados Unidos.