do Abril.com | Globo
O advogado criminalista Roberto Podval, que defende os Nardonis, encerrou sua parte no debate dizendo que, se a imprensa e a sociedade tivessem outra postura no caso, o destino do casal poderia ser outro. “Se não houvesse essa loucura toda (olha para os jornalistas da sala), eles seriam absolvidos, porque não há provas. Eles entraram condenados sem serem julgados.” Antes disso, ele já havia reforçado: “Aí nossa sociedade clama por justiça. Pobre da nossa sociedade.”
Ele também citou o caso de Madeleine McCann, que aos 5 anos desapareceu quando visitava Portugal com os pais. Em determinado ponto da investigação, eles foram colocados como suspeitos.
Por volta das 16h50, o advogado terminou sua parte citando uma frase de Chico Xavier. “Ninguém pode voltar atrás e fazer um novo começo, mas podemos fazer um novo fim”, afirmou ao júri. Às 17h46, começou a réplica da acusação.
“Casal é um exemplo do cotidiano do Brasil”
Uma marca da fala de Roberto Podval é sua confissão, repetida mais de uma vez no salão do júri, de que não tem prova alguma para provar a inocência do casal Nardoni: “O que aconteceu eu não sei”. Ele também assume que baseou toda a sua argumentação apenas no que foi apresentado pela acusação.
Sem argumentos precisos para defendê-los, o advogado apelou para uma tentativa de gerar identificação dos jurados com o cotidiano de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, antes de sua prisão. Ao lembrar dos depoimentos de ambos na plenária, questionou: “O que vimos aqui? Monstros? Não. Vimos o cotidiano do Brasil: uma família que briga, tem que arrumar a casa, tem uma rotina, grita, fala alto, nada de diferente do dia a dia de todos nós”.

















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