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Lula inaugura gasoduto em Itabuna e lança edital de licitação da ferrovia Oeste-Leste em Ilhéus

do Pimenta na Muqueca
Ao lado de Gabrielli e Wagner, Lula abre válvulas do Gasene (Foto Agecom/BA).

Acompanhado do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, da ministra Dilma Roussef e do governador Jaques Wagner, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acaba de inaugurar a central de distribuição de gás natural em Itabuna, no sul da Bahia.

O Gasoduto de Integração Sudeste-Nordeste (Gasene) terá capacidade para fornecer até 20 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Além de Itabuna, o sul da Bahia terá outras duas centrais de distribuição (city-gate): em Eunápolis e Mucuri. O gás natural será comercializado pela Bahiagás, empresa presidida pelo itabunense Davidson Magalhães.

Da central, ele se dirigiu para o parque de exposições Antônio Setenta. Ainda na central de distribuição, Lula foi cumprimentado por operários, o presidente deu autógrafos nas camisas dos operários da obra do Gasene e recepcionistas.

Sai licitação da Ferrovia Oeste-Leste

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou sua passagem pela Bahia, para também lançar o edital de licitação para construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). O ato acontece em Ilhéus, nesta sexta-feira (26) e conta com a presença do governador Jaques Wagner.

Ilhéus é o ponto final da ferrovia, que sai de Figueirópolis, no estado do Tocantins, e percorre 1,4 mil quilômetros, até chegar ao mar. No caminho, ela passa por 32 municípios baianos e cruza o estado de ponta a ponta, no sentido oeste-leste. A Fiol também liga a Bahia a outros estados, através do cruzamento com a Ferrovia Sul-Norte, que terá 3,1 mil quilômetros, entre o Pará e São Paulo.

Segundo Wagner, a Ferrovia Oeste-Leste será uma importante alternativa para o transporte de cargas, estimulando novos investimentos e potencializando as exportações baianas. “Esta é a maior obra de infraestrutura da história da Bahia. É a garantia do escoamento da produção agrícola e mineral e vai contribuir muito para o crescimento do estado”, afirmou.

A Fiol entra na Bahia pelo município de São Desidério, na região oeste, a 1,1 mil quilômetros de Ilhéus. Na zona rural do município, uma placa de madeira fincada no chão indica que aquele ponto faz parte da rota da Ferrovia Oeste-Leste na Bahia. A marcação é uma das poucas deixadas pelo trabalho de medição do projeto, que está concluído.

No oeste, a ferrovia servirá ao transporte dos produtos do agronegócio. Algodão, milho, café e soja, que tem a maior área plantada e este ano produziu uma safra recorde de 2,9 milhões de toneladas.

Para o vice-presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Sérgio Pitt, a Fiol vai aumentar a competitividade da agricultura baiana. “Só temos o modal rodoviário, e quando chega a safra, o frete dobra de preço, o que faz do transporte um dos nossos principais custos”, explicou.

Mineração
Em direção ao mar, a ferrovia segue, passando por Correntina, Santa Maria da Vitória, Bom Jesus da Lapa, Guanambi e Caetité, onde está tudo pronto para a exploração de 470 milhões de toneladas de minério de ferro. A Mina Pedra de Ferro está ligada à Fiol por meio de um ramal de 20 quilômetros.

O vice-presidente da Bahia Mineração, empresa responsável pela exploração da Pedra de Ferro, Clóvis Torres, declarou que a ferrovia é de extrema importância para a atividade da mina. “O ferro é um minério barato e o ganho com a atividade depende da exploração em grande escala. Isso será possível graças à logística que teremos com a Ferrovia Oeste-Leste”, observou.

De Caetité até o mar, a ferrovia percorre mais 530 quilômetros e passa por outros 15 municípios. Em Ilhéus, ela se encontrará com o Porto Sul, que vai ser construído na Ponta da Tulha, litoral norte da cidade. Na região será instalado também um aeroporto, formando um grande complexo logístico e uma zona de processamento de exportação (ZPE).

Primeira etapa fica pronta em 2011
O projeto da Ferrovia Oeste-Leste foi desenvolvido pela Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A., empresa do Ministério dos Transportes especializada na construção de ferrovias. Ele foi inspirado no projeto desenvolvido pelo engenheiro baiano Vasco Neto, há cerca de 50 anos.

Para realizar a construção, a obra foi dividida em três etapas: a primeira, entre Ilhéus e Caetité, tem 530 quilômetros, a segunda, entre Caetité, Barreiras e São Desidério, 413 quilômetros, e a terceira, de São Desidério a Figueirópolis (TO), 547 quilômetros.

Nesta sexta-feira, Lula lança o edital de licitação para construção das duas primeiras etapas. Elas estão divididas em oito lotes e o trabalho começa em junho deste ano, assim que terminar o processo licitatório. A previsão é de que a primeira etapa esteja concluída no primeiro semestre de 2011, a segunda no primeiro semestre de 2012 e toda a ferrovia até o final de 2012.

Geração de mais de 30 mil empregos
Com previsão de investimento de R$ 6 bilhões até 2012, a Ferrovia Oeste- Leste deve gerar mais de 30 mil vagas de trabalho durante sua construção. As vagas estarão espalhadas ao longo do trajeto, ampliando a descentralização dos empregos na Bahia.

Em Caetité, o empresário Carlos Venicio já sente os efeitos positivos. Para atender às encomendas de placas de sinalização da Bahia Mineração e da Ferrovia Oeste-Leste, ele contratou mais quatro funcionários. Até o início da operação, Venicio informou que espera contratar mais dez pessoas. “Não é só no meu ramo de negócio que houve crescimento. O setor imobiliário já está aquecido, assim como o de alimentação, de hospedagem e outros. Estou confiante que vem muito mais por aí”, destacou.

Um dos funcionários do empresário foi contratado para trabalhar de serralheiro, e, como não conhecia a profissão, aprendeu tudo na oficina. “Eu só tinha trabalho temporário e vivia sempre em dificuldade. Agora tenho carteira assinada. Dá até para sonhar com a casa própria e comprar a prazo”, comemorou.

Em Ilhéus, a expectativa também é grande. Júlio Madruga, dono de um restaurante na Ponta da Tulha, onde vai ser construído o Porto Sul, está confiante no crescimento econômico e acredita que o complexo logístico vai ajudar a preservar a região.

“Não dá para preservar a natureza com os moradores daqui desempregados. Sem fonte de renda, eles vão caçar, cortar madeira, buscar um sustento. Com trabalho, eles garantem o sustento e deixam a natureza em paz”, afirmou Madruga.



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