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José Serra usa Twitter como escape pessoal. Dilma, para campanha

do Último Segundo | iG

Reportagem do iG acompanhou os dois principais candidatos à presidência durante 10 dias, desde que a petista Dilma estreou na rede

Em suas páginas no Twitter, candidatos conversam com internautas

De todas as ferramentas tecnológicas que os candidatos terão à disposição para a campanha eleitoral deste ano o Twitter é a vedete. Ministros, deputados, governadores e candidatos de todos os tipos tentam se comunicar com os até 140 caracteres do microblog que possui cerca de 105 milhões de usuários, 8,8% deles no Brasil. O país é o segundo no mundo em número de cadastros, atrás apenas dos EUA.

O iG acompanhou os dois principais candidatos à presidência durante 10 dias, desde que a petista Dilma Rousseff estreou no Twitter, no dia 11, até o feriado de 21 de abril. A principal constatação é que o tucano José Serra, embora também faça uso político da ferramenta, usa o Twitter como válvula de escape. Das 91 mensagens publicadas pelo tucano no período, 52 são pessoais As demais são políticas ou remissões a entrevistas, vídeos, fotos, reportagens ou outras páginas da Internet. O período em que Serra mais tuitou foram os meses de janeiro e fevereiro, com 213 e 234 mensagens respectivamente, quando enfrentava a pressão para assumir a candidatura.

Já Dilma, embora publique mensagens pessoais, usa o Twitter como ferramenta de campanha. Das 52 mensagens publicadas por ela nestes 10 dias, 27 têm conteúdo exclusivamente político.
A comparação é desigual pois Serra, um “veterano”, completará um ano de Twitter em maio e tem mais de 209 mil seguidores. Já Dilma é uma novata apesar do sucesso em termos numéricos, com 35 mil seguidores em menos de duas semanas.

Com a experiência acumulada em quase um ano Serra mostrou ter assimilado a linguagem informal, leve e se possível divertida do Twitter. Ele geralmente utiliza a ferramenta nas madrugadas de insônia, quando aproveita para conversar de forma quase íntima com seus seguidores. O tucano chegou até a apelidar sua “turma” virtual de Liga dos Indormíveis.

Tendo o computador como anteparo, a imagem do ex-governador de São Paulo é completamente diferente da figura pública geralmente associada ao mau humor e antipatia.

Serra ri (rsrsrsrs) o tempo todo e mostra curiosidade sobre o universo juvenil, já que a maioria dos interlocutores é jovem. No dia 17 perguntou o significado do termo “miguxa”. Na véspera quis saber o que é “drama de emo”. Apesar da imensidão de seguidores, ele se esforça para responder pessoalmente a cada um e quando não pode pede desculpas ou remete para entrevistas nas quais já abordou os assuntos questionados.

Na madrugada de 15 de abril, quando atingiu a marca dos 200 mil seguidores, Serra fez uma “festa internacional” (palavras dele) retuitando mensagens recebidas da Rússia, Argentina, Coréia do Su, Angola, Havaí, Portugal, França, Nova Zelândia, EUA, Egito etc.

Mesmo nas mensagens políticas Serra demonstra habilidade. Em meio a rumores sobre divergências com o ex-governador Aécio Neves, Serra relatou sua viagem a Minas Gerais na semana passada com referências bem humoradas à barba recém criada de Aécio. Enquanto Dilma se esforçava para vincular sua imagem à de Tancredo Neves, Serra publicou uma foto com o ex-presidente, feita em 1984.

Com o auxílio do expert Marcelo Branco, organizador da Campus Party e ativista da internet, Dilma ainda engatinha no Twitter. A maior parte de suas mensagens é política. Ela usa o microblog para propagandear políticas de sucesso do governo Lula, divulgar a agenda e remeter para textos maiores publicados em seu site (o que também demonstra dificuldade em se comunicar com 140 caracteres).

Dilma não tem horário fixo para tuitar. Segundo assessores, aproveita o intervalo entre compromissos ou deslocamentos no carro. “Voltamos a fazer política industrial no Brasil”, publicou ela na terça-feira. O “post” é um exemplo da linguagem quase panfletária de Dilma em suas primeiras experiências no Twitter.
Um dia antes, ela respondeu com uma série de números à pergunta de um seguidor sobre geração de e-mails. O discurso excessivamente técnico da ex-ministra é considerado uma das falhas da candidata.
A ferramenta, no entanto, foi eficaz quando Dilma teve que rebater reportagens publicadas no sábado passado sobre um discurso interpretado como crítica aos que se exilaram durante a ditadura. Dilma usou o Twitter para corrigir um jornal que publicou uma frase incorreta.

Dilma mostra que aos poucos está assimilando a linguagem. Um exemplo é quando ela agradece Ana Maria Braga um dia depois de ter jantado na casa da apresentadora. Outros são quando fala dos livros que ganhou de presente ou de suas impressões da visita a uma fábrica de caminhões.

Os tuiteiros “seguidos” também reforçam as diferenças entre Dilma e Serra. O tucano acompanha 4.926 pessoas e a petista apenas 41. A maioria dos seguidos por Dilma são personalidades públicas como artistas, políticos e jornalistas. A lista vai de Ivete Sangalo a Tarso Genro, passando por Abílio Diniz. Já Serra teve tempo de incorporar em sua lista milhares de anônimos.

Em seu primeiro dia no Twitter Dilma admitiu que não teria muito tempo para ficar na rede e contaria com ajuda. “Alguns amigos vão me ajudar”, disse ela. Segundo sua assessoria, a ajuda é apenas técnica e todas mensagens e temas são escolhidas pela própria pré-candidata.

Serra teve uma equipe de assessores para o Twitter enquanto ocupava o governo de São Paulo. O motivo é a enorme demanda de pedidos e dúvidas sobre questões administrativas. Desde que se desvinculou do governo, há duas semana, Serra tuita sozinho.



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