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Muricy Ramalho fecha com o Fluminense e dirige o time na quinta

do Globoesporte.com

Apesar de novela, treinador diz que vinda para o Flu já ‘estava definida’. Ele elogia Conca, o Rio de Janeiro e já dirige equipe contra o Grêmio

Muricy exibe a camisa da comissão técnica: treinador chegou ao Flu com tratamento de craque

A cara séria de sempre, mas com uma pitada de bom humor. Relaxado após dois meses descansando em seu sítio no interior de São Paulo, Muricy Ramalho chegou ao Fluminense nesta segunda-feira renovado e cheio de planos. Na apresentação oficial, em um hotel na Zona Sul do Rio de Janeiro, a imprensa saiu “intacta” e o torcedor, entusiasmado com o comandante tricampeão brasileiro.

Antes mesmo que os microfones fossem abertos, as palavras de boas-vindas ao Rio de Janeiro por parte dos jornalistas foram respondidas com sorrisos e uma lembrança:

– Já joguei aqui. Dei uns chutes no América (risos).

Anunciado como sonho de consumo pela cúpula tricolor, formada por pelo presidente Roberto Horcades, o vice de futebol, Alcides Antunes, e o manda-chuva do patrocinador, Celso Barros, Muricy admitiu que, apesar da demora para uma resposta definitiva, o acerto estava previsto desde quando ficou desempregado.

– Essa vinda estava definida, era questão de tempo.

Sem fazer valer o rótulo de linha dura, ele disse que não existe mais xerife no futebol e prometeu cobrar apenas questões básicas de profissionalismo. Com contrato assinado até o fim de 2010 e opção de renovação por mais dois, Muricy deu de ombros para a alta rotatividade recente no comando do Flu (seis técnicos desde janeiro de 2009) e mostrou autoconfiança:

– Não preciso de contrato longo para ficar seguro. Tenho a obrigação de mostrar trabalho.

Invicto há dois meses (desde que deixou o Palmeiras), como fez questão de se gabar em tom de brincadeira, o treinador respondeu pacientemente a todos os questionamentos. Falou sobre Conca, Cuca, Rio de Janeiro, Grêmio e não deixou de entoar seu principal lema ao garantir presença no gramado do Maracanã, quinta-feira, às 21h30m (de Brasília), contra os gaúchos, pelas quartas de final da Copa do Brasil.

– Seria mais fácil ir lá para cima (tribuna), ficar perto de vocês (jornalistas), mas não é correto. Tenho que trabalhar.

Confira toda a entrevista coletiva de Muricy Ramalho:

Primeiras palavras

Quero agradecer à direção do Fluminense. Fiquei muito honrado com o convite. Demorei um pouco para dar a resposta, precisava ser uma coisa mais tranquila. O clube tinha um grande treinador e precisávamos dar um pouco mais de tempo. Essa vinda estava definida, era questão de tempo. Estou muito feliz e vou dar o melhor para o clube estar sempre no lugar que merece: na ponta de cima da tabela.

Humor

Isso é uma curiosidade em todo lugar que eu vou, sempre falam a mesma coisa. Não concordo. Vocês vão me conhecer um pouco mais. Fora da coletiva eu sou melhor. É uma coisa que tenho de melhorar e alguns de vocês (jornalistas) também. Estou de bem com a vida, faz dois meses que estou invicto (risos). No sofá é muito fácil. O futebol já fazia falta no meu dia a dia.

Férias

Curti a família, fiquei perto dos amigos, sempre vendo futebol e observando o Fluminense com carinho. Era uma coisa que esperávamos.

Conca
Por três vezes tentei levar o Conca para o São Paulo e, infelizmente, nunca deu certo. Sempre quis esse jogador e agora está ao meu lado. É importante jogar com um cara que tem prazer de atuar, é um meia diferente, algo que está acabando. Era um jogador que faltava aos meus times.

Opção pelo Flu

O que mais pesou foi o pensamento da diretoria de fazer um clube forte e melhorar a estrutura. Foi o que me chamou a atenção. Tive consulta de outros times e o que me chamou a atenção foi o que a diretoria deseja para o futuro do Fluminense.

Rio de Janeiro

Eu morei um tempo no Rio, no Leblon, que é um lugar bom para morar. Tem restaurantes, teatro….A cidade é maravilhosa. Além do trabalho, a qualidade de vida é importante.

Futebol carioca

O último campeão brasileiro é do Rio. Não sei até onde isso (decadência do futebol carioca) é verdade. O Flamengo mostrou que não. Mas lógico que não podemos nos contentar com isso. É possível melhorar um time de futebol com estrutura. Tudo é fundamental: local para treinamento, alimentação… É preciso dar as coisas para poder cobrar de um jogador. Tem que ter bom CT, salários em dia…A função do técnico e da diretoria é essa.

Sétimo treinador do clube em pouco mais de um ano
Se isso me preocupasse, escolheria o contrato mais longo e mais seguro. Isso não me assusta. É preciso confiar no trabalho. Por isso assinei até o fim do ano. Para que todos saibam com quem vão trabalhar. Não preciso de contrato longo para ficar seguro. Tenho a obrigação de mostrar trabalho. O mais correto é permanecer por muito tempo. Estamos no Brasil e o futebol é assim. Se não ganhar, rasga tudo, joga tudo fora. É tudo bonitinho na hora de falar, mas tem que ganhar. Não tenho medo.

De olho no Grêmio

Tinha que ver o Gre-Nal, não Santos e Santo André, que não tinha nada a ver comigo. Não foi o primeiro jogo a que assisti do Grêmio. Preciso estar olhando sempre na frente. É um time que investiu demais. Morei em Porto Alegre, sei como eles pensam, e o foco é a Copa do Brasil. O Gaúchão é algo à parte, mas a Copa do Brasil é o principal objetivo e não podemos deixar de pensar nisso. Eles vão vir muito motivados após vencerem o maior rival da história.

Ausência de Conca na quinta-feira

O Fluminense tem um bom plantel, mostrou isso ano passado. Vou conversar com o treinador que dirigiu o último jogo para tirar informações. Vou ter dificuldades no começo, é natural, mas não vou inventar demais. Vou dar continuidade ao que o Cuca fez.

Estreia

Seria mais fácil ir lá para cima (tribuna), ficar perto de vocês (jornalistas), mas não é correto. Tenho que trabalhar.

Sonho de dirigir o Flamengo

O sonho era dirigir um grande clube. Estou no Fluminense e estou contente. O Fla-Flu vai ser mais um jogo importante na minha vida. Temos que ganhar, time grande tem que ganhar clássico.

Fracasso no Palmeiras

Sempre fui muito bem tratado no Palmeiras. Tínhamos um bom time, mas quando perdemos dois jogadores, perdemos o campeonato. A reposição não era parecida com o que saiu. No Brasileirão, se não tiver plantel, não chega. Por isso, o Palmeiras não ganhou.

Reforços e exigências

Muitas coisas foram faladas, mas ainda não conversamos sobre isso. Não acho justo ter um plantel e não conhecer. Preciso primeiro analisar o elenco e depois ver o que precisamos. Não fiz nenhum tipo de exigência.

Relação do elenco com Cuca

É sempre assim quando existe um trabalho como o Cuca teve. Isso é muito legal. Também tive isso na saída do Palmeiras. Faz parte do futebol. Espero ser bem recebido, como acho que vou ser. Vou trabalhar não só o atleta, mas também o homem. É importante deixar sempre alguma coisa para a vida do jogador.

Arrancada de 2009

Foi muito legal o que aconteceu ano passado, mas não é bom, né? Tem que brigar na parte de cima. No Brasileirão não se pode deixar para depois. Parece que são muitas partidas, mas não é assim. O que conta é título. É isso que marca na história de um clube.

Cobranças

Tem que ter disciplina, horário, todos são muito bem pagos para isso. Acham que há um xerife, mas isso não existe mais. São normas do clube que precisam ser cumpridas. Se o jogador está no Fluminense, tem que estar motivado todo dia, como estou agora.

Torcida

Sempre que enfrentei o Fluminense tive muita dificuldade (Pelo São Paulo, Muricy enfrentou os tricolores nas quartas de final da Libertadores de 2008. Pelo Palmeiras, perdeu por 1 a 0 no Maracanã em novembro de 2009). A torcida empurrou o tempo todo. E é isso que espero a partir de quinta-feira (contra o Grêmio). Espero que eles cantem e apoiem como sempre.

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