Entrosamento da seleção brasileira de Dunga é herança dos clubes

do Globoesporte.com

Ao longo de suas carreiras, vários jogadores convocados para a Copa de 2010 se cruzaram em equipes brasileiras ou estrangeiras

Julio Cesar e Juan são amigos de longa data. Grafite e Josué já jogaram juntos em dois clubes diferentes. Elano e Robinho brilharam como Meninos da Vila e Maicon, Luisão, Gomes e Felipe Melo foram campeões pelo mesmo time. A explicação para o entrosamento da seleção brasileira não se justifica apenas com a “Era Dunga”.

Sob o comando do treinador, é verdade, eles se reencontraram, agora reunidos em um time só. Mas antes disso, todos vestiram, ao menos uma vez, a mesma camisa que algum dos seus companheiros de seleção. Seja no passado ou no presente, como é o caso de Julio Cesar, Lúcio e Maicon, companheiros no Inter de Milão.

– Se temos a melhor defesa do mundo, eu não sei, porque os outros clubes e seleções também têm grandes jogadores. Mas é claro que esse entrosamento ajuda, porque eu sei, por exemplo, o que o Lúcio pode fazer, o que ele quer… – declarou Maicon, ao ser questionado sobre a qualidade da defesa brasileira.

A lista de “coincidências” entre os 23 convocados por Dunga para a Copa do Mundo de 2010 é grande. Falando de presente, além do grupo do Inter de Milão, Doni, Julio Baptista e Juan atuam no Roma, também da Itália, Luisão e Ramires no Benfica, de Portugal, e Josué e Grafite no alemão Wolfsburg.

– Já temos o entrosamento de outras oportunidades e o fato de a gente ter esse tempo para treinar antes da Copa o faz ser maior ainda – acrescentou Maicon.

Na última quarta-feira, na vitória por 3 a 0 sobre o Zimbábue, em amistoso preparatório para a Copa do Mundo, os jogadores da seleção brasileira exaltaram bastante a maneira como a seleção se conhece. Principalmente por conta do lance do terceiro gol verde e amarelo, marcado por Elano.

– Foi um gol com a cara do Brasil. Toque de pé em pé. Isso é coisa de time que joga há muito tempo junto. É algo de time entrosado – falou o autor do gol.

A jogada foi iniciada com um toque de calcanhar de Julio Baptista para Daniel Alves. Na esquerda da grande área, ele apareceu e rolou para Elano, na pequena área, completar para o fundo do gol e dar números finais ao amistoso.