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Caso Rafael Mascarenhas: Advogado de atropelador diz que PMs não o deixaram ir para delegacia

do G1

Advogado diz que ele parou para prestar socorro a Rafael Mascarenhas. PMs teriam desfeito local onde ocorreu acidente com filho de Cissa Guimarães.

Rafael Bussamra (centro) deixa delegacia, acompanhado do pai e do advogado, logo após o depoimento

O advogado de Rafael Bussamra, jovem que confessou ter atropelado o músico Rafael Mascarenhas, filho de Cissa Guimarães, disse nesta segunda-feira (26) que seu cliente parou para prestar socorro após o acidente. O jovem prestou novo depoimento na 15ª DP (Gávea), que durou cerca de duas horas e meia.

O advogado Spencer Levy informou ainda que ele ligou para o Samu no 192. Ainda segundo o advogado, foi nesse momento que chegaram os policias militares, e encostaram ao lado do carro dizendo que ele tinha que ir para a delegacia. No caminho, a menos de 100 metros da delegacia na Gávea, os policiais mandaram ele parar num posto de gasolina na Praça Santos Dumont. “Nesse momento os policiais começaram a mudar a conduta”, afirmou Spencer.

Imagens de câmeras de segurança podem confirmar propina:

De acordo com o advogado, um dos policiais militares falou para o jovem: “Vocês não vão para a delegacia porque eu já desfiz o local do acidente. Se vocês forem para a delegacia agora, vocês vão me queimar e se ferrar juntos”. Ele teria se sentido coagido e ligou para o pai vir ajudar. De acordo com o advogado, o carro ficou estacionado no posto de gasolina e o jovem entrou na patrulha junto com os PMs em direção à Rua Pacheco Leão no Jardim Botânico, onde encontraram com Roberto Bussamra.

Na sexta-feira (23), o pai do atropelador, Roberto Bussamra, afirmou em depoimento na delegacia, que pagou R$ 1 mil para que ele os dois PMs que abordaram o carro do filho liberassem o jovem após o atropelamento. O pai do rapaz afirmou que os policiais pediram um total de R$ 10 mil de propina.

Rafael Mascarenhas, de 18 anos, morreu após ser atropelado quando andava de skate no Túnel Acústico, na Zona Sul, que estava com um trecho fechado para manutenção. Ele era filho do saxofonista Raul Mascarenhas e da atriz Cissa Guimarães.

Pedida prisão preventiva dos dois PMs

A Corregedoria Interna da Polícia Militar pediu, na manhã desta segunda-feira (26), à Auditoria de Justiça Militar que decrete a prisão preventiva de 30 dias dos dois policiais militares que liberaram o carro do atropelador do músico Rafael Mascarenhas. As informações são do relações públicas da PM, capitão Ivan Blaz.

O sargento da Polícia Militar Marcelo Leal e o cabo da PM Marcelo Bigon se apresentaram à polícia, e estão presos no 23º BPM (Leblon), onde trabalhavam.

Eles prestaram depoimento no domingo (25) na Primeira Delegacia de Polícia Judiciária Militar, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio.

Corregedoria da PM quer prisão preventiva
Os dois ficarão presos no batalhão por 72 horas, a partir do horário em que se apresentaram.

A Polícia Militar informou que já decidiu que, mesmo que a prisão não seja decretada nesta segunda-feira, os policiais não retornarão mais para o serviço de rua. Depois da prisão administrativa de 72 horas, os policiais apresentam documento de defesa e o comandante-geral deverá optar pela prisão de 30 dias a fim de garantir o andamento do Inquérito Policial Militar.

Governador comenta o caso

O governador Sérgio Cabral classificou os dois policiais como “bandidos ao quadrado”, no sábado. “Eles (os PMs) são mais que marginais: são bandidos ao quadrado”, enfatizou o governador.

Cabral estava em agenda de campanha em Irajá, no subúrbio do Rio, quando comentou o episódio. “A maioria da corporação é digna, séria e honrada e se envergonha com esse tipo de papel”, disse ele.

O governador afirmou que vai recorrer da decisão através da Procuradoria Geral do Estado.

TJ nega prisão preventiva
No sábado (24) foi negado pelo juiz Alberto Fraga, do plantão judiciário do Tribunal de Justiça do Rio, o pedido de prisão preventiva dos dois policiais militares. A negativa da prisão preventiva não invalida a prisão administrativa determinada pelo comandante da corporação.

Segundo a PM, será aberto um Inquérito Policial Militar (IPM) para investigar o caso. Os dois policiais passarão por um conselho de disciplina e deverão ser expulsos da corporação.

Depoimento durou seis horas

O depoimento de Roberto Bussamra na delegacia durou seis horas. Ele contou, ainda, que após a abordagem policial, o grupo parou em um posto de gasolina na Gávea.

Ele foi chamado ao local. Os PMs exigiram R$ 10 mil para liberar os rapazes que atropelaram Rafael. Como não tinha o dinheiro na hora, Roberto Bussamra combinou de pagar a quantia na manhã seguinte, na Praça Mauá.

Ao se encontrar com os policiais, ele  inicalmente pagou mil reais. Mas durante o acerto recebeu um telefonema da mulher. Ela contou que a vítima do atropelamento era filho da atriz Cissa Guimarães – e que e ele havia morrido. Roberto passou mal ao receber a notícia e foi retirado do carro por um dos filhos – enquanto os policiais arrancavam com o dinheiro da propina.

O dono da oficina para onde foi levado o Siena preto do jovem após o acidente diz que por volta de 4h30 o automóvel chegou de reboque. O pai e o irmão do motorista esperaram até 8h, quando a oficina abriu. O lanterneiro disse o pai do jovem pediu pressa no conserto porque precisava trabalhar com o carro.

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