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Artigo: “Rádio é coisa séria!”

por Dr. Wolmar Carregozi | Acessemed
A economista Maria Emília Caminha de Castro faz o "Agenda Livre", na 96 FM e no final deixa sempre um "gostinho de quero mais".

Desde quando foi inventado em 1896 pelo cientista italiano Guglielmo Marconi, o rádio tem se destacado como um dos maiores meios de comunicação e informação que já surgiram até o momento.

Especialmente nos dias de hoje, onde a necessidade de informações aliada a uma programação musical de bom gosto e eclética se faz necessária para quem precisa relaxar e ao mesmo tempo se manter antenado nos avanços do mundo, o rádio surge como um instrumento de difusão de primeira linha.

Infelizmente, mesmo em cidades mais desenvolvidas, como Vitória da Conquista-BA, a grade de programação não prioriza a informação, assim, ficamos horas a fio só ouvindo música e lenga-lenga de alguns locutores, em que se nota flagrante falta de cultura que, consequentemente, nos tornam alienados e reféns de seus programas medíocres.

Tem emissoras que colocam vários “locutores” falando ao mesmo tempo, fazendo gracinhas, mandando recadinhos uns para os outros, em código que só eles entendem, como se estivessem numa mesa de bar. Um querendo se perfazer mais que o outro. Isto é patético!

E não adianta mudar de estação, pois, todas as emissoras procuram reservar horários pré-definidos para a informação, isto é, dois ou três noticiários diários, como se a população dispusesse de tempo para ficar ouvindo um programa inteiro em determinado horário.

Há vários anos, rádios como a Globo AM e Jovem Pan AM, fazem um estilo de programa que satisfaz a todos os gostos com músicas, informações, entremeadas de entrevistas breves com pessoas que podem ajudar a elucidar alguma dúvida ou resolver algum problema da comunidade. E isso é feito ao longo de todo o dia.

Hoje, com o advento da internet está muito mais fácil de se obter notícias. Desta forma, só não se faz uma programação mais decente se não houver interesse.

Em Vitória da Conquista, podemos destacar como um caso à parte, um verdadeiro oásis em meio a tanta aridez cultural, um programa de alto nível, o “Agenda Livre” (pena que muito curto, deveria ser o dia todo), que vai ao ar de segunda a sexta pela 96 FM, às 9 da manhã, apresentado por uma economista renomada da cidade, Maria Emília Caminha de Castro.

Na verdade, a participação dela aparece como um quadro de um programa matinal chamado “Ponto de Encontro”, apresentado pela radialista Cindy Santos, que funciona como uma espécie de âncora e também participa com comentários pertinentes.

Viajando a trabalho para regiões vizinhas tive oportunidade de ouvir o programa algumas vezes e, confesso que fiquei surpreso com o formato, desde a introdução com a linda e chique “La Mer”, instrumental (com uma orquestra que eu ainda preciso descobrir o nome), até os comentários sobre as notícias mais polêmicas do dia, ou da semana, passando por observações acerca da cidade.

Falei que o programa da Maria Emília é um verdadeiro oásis num deserto e de fato o é, pois, em nossas emissoras é uma raridade termos uma pessoa de gabarito, viajada, bem informada, ilustrada e que sabe o que falar e também o que não falar.

Cá com meus botões, fico imaginando, numa cidade que tem uma universidade que tem o curso de comunicação, porque não colocar esta turma para realizar um trabalho de bom nível cultural? Para fazer um programa sertanejo, não é preciso que o apresentador seja um tabaréu, vejam o Rolando Boldrin, por exemplo, ou o Lima Duarte que apresentaram o Som Brasil, na Globo.

O Jânio Arapiranga faz um programa de bom nível também, fala das coisas da terra, com propriedade e lucidez.

Hérzem Gusmão é um radialista que passa muita credibilidade com seu estilo enérgico e investigativo. Deveria, também, ter uma atuação mais “pulverizada” ao longo do dia, além da Resenha Geral e do Comentário do Dia no Jornal da Cidade.

No esporte estamos sentindo a falta do Daniel Nogueira, que tem uma história marcante como comentarista esportivo nesta cidade. Também é um radialista agradável, que irradia simpatia e tem um bom nível cultural. É exatamente disto que o nosso rádio está precisando.

No que se refere à saúde, temos muitos profissionais que poderiam dar uma contribuição muito grande se a programação das rádios disponibilizasse mais tempo para divulgação de informações nesta área.

Somente com informação é que chegamos à conscientização. Se hoje lamentamos a eleição de determinados candidatos, considerados de pouca cultura, é porque não estamos fazendo a coisa certa. Hoje, o brasileiro leva o futebol mais a sério do que a política. O rádio é um poderoso formador de opinião, então, não é preciso dizer mais nada.

*Wolmar Carregozi é ginecologista, obstetra, clínico geral e médico do trabalho. Vive e trabalha em Vitória da Conquista-BA e região. É o editor, administrador e moderador do Blog Acessemed.com.br



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