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Artigo: E o grande ator saiu de cena!

Por Wolmar Carregozi | Acessemed

Quando o coveiro depositou a última pá de terra sobre a sepultura de Idalino Lima, o Tonis Lima, no Cemitério da Saudade, estava selando o final da carreira vitoriosa do ator, produtor e diretor cinematográfico, que escreveu seu nome na história de Vitória da Conquista-BA e do cinema nacional. Gaguinho era seu apelido para os íntimos.

Envolvia-se em causas sociais e desafiava o poder público em seus desmandos e tropeços como se estivesse representando seu maior personagem: ele mesmo. Sim, Tonis Lima, como poucos, era ator e personagem ao mesmo tempo. A exemplo dele, temos o também brasileiro, José Mojica Marins, que se apresenta sempre caracterizado de seu personagem mais famoso, o Zé do Caixão.

Seu trabalho se enquadra na classificação trash (produção barata e amadora), que mesmo desagradando aos críticos mais exigentes, tem seu público cativo. As produções japonesas da década de 70, que também entram nesta classificação, fizeram Hollywood torcer o nariz, com seus “incríveis” monstros de saco de estopa e suas naves espaciais de madeira penduradas por um fio de náilon (detalhe: visível na película), a dramaturgia também era bastante caricata. Apesar da produção sofrível, a audiência era sempre alta. Nesta esteira tivemos Nacional Kid, Robô Gigante, Spectreman, Ultraman, etc.

Tonis Lima, a cada produção introduzia novos elementos, novas locações e a temática estava se modificando, nas suas últimas produções procurou fugir do velho oeste e partir para novas caracterizações.

Vitória da Conquista posa de vedete por ter em sua galeria de famosos dois nomes que representam duas correntes do cinema mundial: o cinema novo (com Glauber Rocha) e o cinema trash (com o Tonis Lima).

Na vida pessoal, Tonis Lima foi uma voz ativa na sociedade. Sempre que tinha a oportunidade de ter um microfone à sua frente bradava aos quatro ventos, com a bravura de um herói, clamando pelos direitos dos fracos e oprimidos. Fazia a vida, literalmente, imitar a arte.

Nesta quinta-feira, às 19:30, na enfermaria 120 do Hospital São Vicente, Tonis Lima travou seu último duelo, desta vez contra um inimigo implacável que já o perseguia há dois anos: um câncer, que o atingiu mortalmente, num intestino. O velho Tonis ainda tentou sacar (tinha muita vontade de viver), mas, aos 67 anos, já bem debilitado, tombou diante da dor… a escuridão foi invadindo a cena…FIM…e os créditos foram subindo!

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