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Papel de Palocci será frear ganância de aliados, diz analista político

Terra

O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, confirmado nesta sexta-feira para chefiar a Casa Civil no governo de Dilma Rousseff, terá a missão de frear a ganância de aliados por gastos com custeio da máquina e reajustes de setores afetos ao governo. Para o cientista político da Universidade de Brasília (UnB) Paulo Kramer (foto), o governo da presidente eleita será marcado pela redução drástica dos gastos e tentativa de aumento dos investimentos com recursos públicos.

“A função dele será de um ‘zagueiro’, protegendo o governo Dilma da ganância e da tentativa do PT e da base aliada de gastarem mais. No governo Dilma, serão, pelo menos, quatro anos de cinto apertado e restrição de custos. E quem espera essas bondades excessivas, como o aumento de 56% para servidores do Judiciários, pode ‘tirar o cavalinho da chuva’. Isso compromete a capacidade de investimento”, afirmou.

Para Paulo Kramer, além de frear os gastos supérfluos, Palocci deverá retomar o ritmo de investimentos com recursos públicos em infraestrutura. Mesmo com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que promete investimentos públicos em grandes obras de saneamento, transporte e moradia no País, a presença de recursos públicos em infraestrutura ainda é muito baixa.

“O Brasil usa apenas 1% do Produto Interno Bruto (PIB) em investimentos. Com investimentos privados, chega a 16%. Para ter um crescimento sustentável, o ideal seria 25%”, disse Paulo Kramer.

O cientista político alerta que os gastos públicos com custeio da máquina, pagamento de pessoal e reajustes aumentaram muito nos últimos dois anos. “Lula é tão sabido que ele sabe que o governo Dilma será necessariamente de corte de gastos, depois de dois anos de gastança. Depois da bebedeira, vem a ressaca. Ao apontar Palocci para o cargo, Lula intuía que Dilma precisaria da credibilidade dele para fazer um governo de ajuste”, declarou.

Paulo Kramer afirmou, ainda, que a experiência de Palocci será necessária para cumprir uma das maiores promessas de campanha de Dilma: reduzir a relação dívida/PIB de quase 50% para 30%. “Reduzir essa relação tem a cara do Palocci. Ele não é um ministro gastador, ele raciona gastos”, disse. O cientista político prevê, ainda, que, se Palocci não cumprir essas previsões, poderá deixar o cargo ainda no primeiro ano de governo.

Mensalão
Palocci foi acusado, em 2005, de quebrar o sigilo do caseiro Francenildo Santos Costa, que era encarregado de cuidar de uma casa no Lago Sul, bairro nobre de Brasília. Segundo Francenildo, Palocci, outros ministros e parlamentares petistas se reuniam na casa para negociar distribuição de dinheiro para que deputados e senadores votassem a favor de projetos do governo. O esquema ficou conhecido como mensalão. Palocci foi inocentado da acusação.

O cientista político acredita que Palocci não teve relação com o acontecido. Paulo Kramer defende que a quebra de sigilo do caseiro foi uma decisão do então presidente da Caixa Federal, Jorge Mattoso. Por isso, Kramer acredita que a nomeação de Palocci para o governo Dilma Rousseff não trará prejuízos à imagem da presidente eleita.

“Aquilo foi ‘puxassaquismo’ (de Jorge Mattoso), querendo mostrar serviço. Só o fato de Palocci ter tomado conhecimento já o comprometeu. A classe política e financeira pensa assim”, afirmou.

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