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Alerta às cidades do sertão baiano

Wolmar Carregozi* | Acessemed
As enxurradas arrastam para dentro da barragem todas as impurezas que estejam ao seu redor, contaminando, assim, a água que abastece a cidade

Todas as cidades do sertão baiano apresentam uma característica em comum: atravessam um longo período de estiagem, mas, quando as chuvas vêm (sempre no final de cada ano) trazem consigo as enxurradas.

O grande volume de água, nos povoados e também nos centros das cidades causam inúmeros transtornos. Os prejuízos são contabilizados pelas prefeituras, que volta e meia declaram estado de calamidade pública para receberem verba extra para reparar os estragos.

As enxurradas que ocorrem ao redor das barragens (grandes reservatórios de água para abastecimento de toda a cidade), arrastam para a água toda sorte de detritos: carcaças de animais, lixo, fezes, etc., de tal forma que a quantidade de cloro que é colocada no processo de tratamento hídrico não é suficiente para neutralizar a disseminação das toxinas, acarretando o que já está ocorrendo na grande maioria destas cidades: enteroinfecções e outros transtornos gastrointestinais.

Devido à contaminação da água algumas pessoas mais predispostas, tais como as crianças e os idosos (pela sua natural baixa imunidade), os imunodeprimidos por alguma doença (diabetes, aids, viroses, etc.) e mesmo pessoas em estado considerado normal apresentam os mais variados sintomas: febre, náuseas, vômitos, diarréia, mal estar geral, dor abdominal, tontura, fraqueza, etc. A pessoa contaminada pode apresentar todos os sintomas, apenas alguns ou um só sintoma.

As secretarias de saúde destas cidades, geralmente, não têm iniciativa para planejar uma campanha com antecedência, orientando a população para utilizar água mineral ou fervida para o consumo pessoal.

Todo ano acontece este fenômeno e nada é feito para resolver o problema. Muito se gasta com internações, medicamentos, transferências, porém, tudo é feito de acordo com a demanda, não existe previsibilidade, nem políticas específicas, muito menos mobilização no sentido da prevenção, já que o fenômeno é cíclico. “Demoram-se na beira da estrada e passam a contar o que sobrou” (Admirável Gado Novo – Zé Ramalho).

*Wolmar Carregozi é ginecologista, obstetra, clínico geral e médico do trabalho. Vive e trabalha em Vitória da Conquista-BA e região. É o editor, administrador e moderador do blog Acessemed.com.br.



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