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Braz Paschoalin foi o terceiro político morto em Jandira em cinco meses

Último Segundo

Com 47 anos de independência administrativa, o município acumula uma série de casos de corrupção, onde a pistolagem aparentemente impera.

Prefeito de Jandira, Braz Paschoalin (PSDB), morto a tiros no início da manhã da última sexta- feira (10)

O município de Jandira, que fica a 15 minutos da capital paulista, completou neste mês de dezembro 47 anos de independência administrativa. Apesar de breve, sua história acumula uma série de casos de corrupção e brutalidade. O prefeito de Jandira, assassinado na última sexta-feira, foi o terceiro político morto em menos de cinco meses no município. Outros três já haviam sido executados na cidade em gestões anteriores.

O prefeito Walderi Braz Paschoalin (PSDB) foi executado com uma rajada de metralhadora. Em julho, o vereador Waldemiro Moreira Oliveria (PDT), o Mineiro, e o suplente de vereador Antônio Ivo Aureliano (PDT), o Ivo do Gás, também foram executados a tiros. Além dos três crimes ocorridos neste ano, Jandira tem no histórico policial o assassinato do prefeito Dorvalino Teixeira em 1983, o candidato à prefeitura Rubens Alves da Silva (PDS), em 1988, e o vereador Márcio Soares de Almeida (PP), em 2001.

A bancada do PT no município solicitou ao presidente estadual da legenda, Edinho Silva, e ao deputado Simão Pedro que marcassem uma reunião com o secretário de Segurança Pública. O partido pedirá reforço do governo na segurança do vereador Reginaldo Camilo dos Santos, o Zezinho, autor de 50 representações conta o prefeito e sua administração. Em uma delas, o petista pede a cassação do mandato de Paschoalin por compra de votos na Câmara, incluindo o voto do vereador Mineiro.

“A questão da corrupção na cidade envolve vários setores. É uma máfia”, afirma Zezinho. O vereador de 33 anos, que cursa o último ano da faculdade de administração pública, questiona se continuará na profissão. “Minha família está em risco”.

Mineiro seria testemunha da ação que julgaria o prefeito, que continuava no cargo amparado por uma liminar conseguida na Justiça. “Há uma gravação que comprova a compra de votos para votar a favor da aprovação das contas do prefeito para que ele pudesse ser candidato”, afirma Julio Eduardo de Lima, o Julinho, então candidato do PT à Prefeitura de Jandira. A gravação está em posse da Polícia Civil, segundo ele.

Vizinho de Mineiro, o suplente de vereador Ivo do Gás foi executado com tiros na cabeça na mesma rua em que o colega Mineiro foi morto poucos dias antes. A polícia nunca comprovou motivação política ou relação entre os crimes.

Reação

O líder do PSDB na Câmara, Henrique Francisco Alexandria, se diz amedrontado e afirmou que deixará o município. “Vou deixar que Deus indique um caminho para mim”. A vice-prefeita Anabel Sabatine (PSDB) assumiu ontem a prefeitura e disse que também irá reforçar a segurança particular. E justifica: “Veja o número de assassinatos de quem faz política em Jandira”.

No enterro do pai, o filho do prefeito, Alexandre Paschoalin, cobrou uma rápida apuração do caso. “Acho que tem como solucionar rápido porque todo mundo sabe o motivo”, disse. A oposição pede o mesmo. “Somos os principais interessados em que esse caso seja apurado. Estamos muito preocupados”, afirma Julinho. “A corrupção tem de ser investigada para se chegar nos assassinos”, diz Zezinho.

Os três assassinatos ocorridos desde julho são investigados pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão da Polícia Civil, que apura se houve motivação política. Até o momento, quatro pessoas foram presas suspeitas de participação na morte de Paschoalin e a polícia agora tenta identificar o mandante e a motivação do crime.

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