Chuva diminui em Santa Catarina, mas estado deve ficar em atenção, diz Cptec/Inpe. Estado conta prejuízos

G1

Previsão para este domingo é de menos chuva que nos últimos dias. Estado registrou cinco mortes devido às chuvas.

A chuva diminui em Santa Catarina neste domingo (23), mas o estado deve permanecer em atenção devido às chuvas intensas dos últimos dias, que deixaram o solo saturado, segundo o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Cptec/Inpe).

Neste domingo, chove principalmente na faixa leste do estado, no litoral, e no nordeste do Rio Grande do Sul, de acordo com Maiane Araújo, meteorologista do Cptec/Inpe. O km 234 da BR-101, em Palhoça, atingido por um deslizamento de rochas e terra que obstruem totalmente a pista, nos dois sentidos, segue interditado neste domingo, de acordo com a polícia. Máquinas trabalham na remoção da terra e pedras no local.

“É uma região que é bom ficar em atenção devido à situação que já está. A gente vê que, embora a chuvarada deu uma cessada, não para de chover totalmente. Não é aquele dia de predomínio de sol sem uma gota de água. São dias com pancadas de chuva. Pela situação de saturação do solo, rios cheios, qualquer gota é perigoso”, afirmou.

Nesta segunda-feira (24), devem ocorrer pancadas de chuva. “Amanhã (segunda-feira), não seria aquele dia chuvoso. Seriam mais pancadas mesmo. Pode ter algum período com mais persistência de chuva, principalmente entre o sudeste catarinense e o nordeste do Rio Grande do Sul. Em Florianópolis, deve ocorrer ao longo do dia períodos de pancadas de chvua”, disse Maiane.

A situação persiste na terça-feira (25), mas começa a mudar na quarta-feira (26), segundo a previsão do Cptec/Inpe. De quarta-feira para quinta-feira (27), os volumes elevados de chuva podem recomeçar, de acordo com Maiane.

Mortes

No sábado (22), subiu para cinco o número de mortes devido às chuvas e outras 42 pessoas estavam feridas. Até as 9h deste domingo, a Defesa Civil informou, em boletim, que não havia registros de mais mortes ou feridos além dos já registrados.

Somente no sábado, três mortes foram confirmadas pela Defesa Civil (as outras duas haviam sido registradas ao longo da semana). Uma turista italiana, de 22 anos, tentava atravessar uma ponte na região de Vargem Grande, em Florianópolis, e seu carro caiu no rio. Um homem de 38 anos foi encontrado morto em uma obra em Canasvieiras, também em Florianópolis. Segundo a Defesa Civil, é provável que a causa da morte tenha sido uma descarga elétrica.

Mais cedo, um bebê de três meses morreu em Massaranduba, após ser levado pela enxurrada dos braços da tia. A família tentava fugir do alagamento.

Ainda em Florianópolis, na sexta-feira (21), um menino de 8 anos que estava perto de uma cachoeira foi levado pela força das águas. Na quarta-feira (19), foi registrada a primeira das cinco mortes, em Jaraguá do Sul, no norte do estado. Um operário de 42 anos morreu após ser atingido por um raio.

Prejuízos

Mais de 15 mil pessoas tiveram que deixar suas casas e 4,3 mil casas foram danificadas. Em todo o estado, 28 cidades decretaram situação de emergência, e foram registrados prejuízos em 49 municípios. A Defesa Civil estima que mais de 680 mil pessoas tenham sido afetadas pelas enchentes.