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Para especialistas, pacificação de Salvador deve ser processo permanente

A Tarde
Bases comunitárias nos bairros mais violentos de Salvador é vista com bons olhos por analistas

A ocupação pela polícia das comunidades do Nordeste de Amaralina, Vale das Pedrinhas, Santa Cruz e Chapada do Rio Vermelho é vista com esperança e preocupação pela comunidade e por especialistas de segurança pública.

A avaliação é que, para além da operação realizada de maneira pontual,  é preciso uma política de policiamento permanente, de forma a garantir a segurança das pessoas que vivem nestes bairros.

Segundo o antropólogo Luiz Eduardo Soares, ex-secretário Nacional de Segurança Pública e coautor do livro “Elite da Tropa”, as ocupações  da polícia em comunidades com alto índice de violência de caráter provisório tem efeito limitado. “É preciso oferecer à população um policiamento de boa qualidade e sempre”, avalia.

Segundo ele, é preciso um garantir policiamento permanente em todos os bairros, independente da sua localização ou perfil de morador. “Assim como a polícia não sai do Pelourinho  ou das áreas nobres de Salvador, ela também não pode deixar as comunidades”, opina.

Cautela – Membro do Fórum Comunitário de Combate à Violência, a pesquisadora Tânia Cordeiro vê com cautela a decisão da polícia de ocupar os bairros: “Reconheço que a dinamica da criminalidade exige surpresa. Mas ainda falta clareza na  política de segurança ”.

O líder comunitário do bairro, Gil de Leon, espera que a ocupação marque  um estreitamento da relação da polícia com a comunidade. “é preciso uma ligação mais direta com as pessoas. Se isso já acontecesse, não precisaríamos chegar a este ponto de ter  que ocupar o bairro”.

Eficiência reconhecida – A perspectiva do governo baiano de instalar bases comunitárias nos bairros mais violentos de Salvador, como a já anunciada para ser erguida no Calabar, é vista com bons olhos pelos especialistas.

A avaliação é que o modelo de policiamento  inspirado nas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) das favelas do Rio de Janeiro é reconhecido mundialmente como eficiente no combate ao tráfico e ao crime organizado.

Segundo o antropólogo Luiz Eduardo Soares, o modelo de polícia comunitária é referência  porque estreita os laços e atua em conjunto com os moradores dos bairros. “É um tipo de policiamento  em que policiais são mais do que vigias ou fiscalizadores. Eles se tornam verdadeiros gestores da segurança naquela localidade”, explica. Neste caso, o policial ganha novas responsabilidades, principalmente no sentido de dialogar com a comunidade para entender a causa dos problemas, e não apenas prender pessoas.

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