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‘Eu temo pelo futuro do PSDB’, diz filho de Franco Montoro em São Paulo

Estadão

Dizendo-se isolado pelo novo diretório municipal, Ricardo Montoro também considera deixar o partido.

Filho de um dos fundadores do PSDB diz que pode deixar a sigla

Herdeiro de uma das “dinastias” do PSDB paulista, o ex-deputado estadual Ricardo Montoro (foto) reconhece o estrago que causaria um eventual desembarque seu do partido que seu pai ajudou a fundar. Por isso, embora insatisfeito com o rumo tomado pelo novo diretório municipal em São Paulo, o filho do ex-governador André Franco Montoro ainda pondera se deixa ou não a sigla. Mas reconhece ter esta opção sobre a mesa.

“O que eu quero deixar bem claro é que eu admito a possibilidade de sair”, disse Ricardo ao Estadão.com.br nesta quarta-feira, 26. Na avaliação do ex-deputado, o grupo do governador Geraldo Alckmin, que assumiu o diretório municipal no início do mês, trabalha para isolar outros setores do partido. “O futuro do PSDB é perigoso. Eu temo pelo futuro do PSDB se essa postura permanecer. É um partido que vai encolher.” Abaixo, trechos da entrevista.

Que fatores levam o Sr. a considerar deixar o PSDBB?

Estou sentindo um isolamento dentro do partido. Fui vereador duas vezes, fui deputado estadual, fui secretário escolhido pelo (ex-governador José) Serra, e o partido simplesmente me deu as costas. Me sinto como se fosse adversário. Está caracterizado um racha (no PSDB), que começou justamente em 2008 com a reeleição do (prefeito de São Paulo, Gilberto) Kassab. Nós defendíamos dentro do partido o apoio à candidatura do Kassab e, democraticamente, conversei com o Geraldo diversas vezes, sempre lembrando do nome dele para ser candidato a governador. Eu imaginava que isso poderia estar superado. Mas esse pessoal que se posicionou em 2008 está sendo absolutamente esquecido, desrespeitado. A começar pelos vereadores. E, com a saída do Walter Feldman, manifesto minha preocupação com relação ao partido e procuro outra legenda que possa me dar o suporte político.

O Sr. concorda com a avaliação do secretário Walter Feldman, que responsabilizou o governador Geraldo Alckmin pelas defecções?

Eu não chegaria a nomear o governador. É um movimento que tem a origem na eleição municipal de 2008, que o Kassab ganhou e o Geraldo perdeu. Essa é origem. Mas eu não o culparia.

O que o Sr. irá levar em conta para decidir se permanece ou não no partido?

Eu vou conversar com muita gente. Já tenho conversado com a família, com o (ex-presidente) Fernando Henrique, com o Serra. O que eu quero deixar bem claro é que eu admito a possibilidade de sair. Mas eu ainda não saí e não tomei essa decisão. É um momento difícil para o PSDB e o que critico agora é essa falta de censo democrático que está tomando conta do partido.

A saída do Sr. representaria um fato importante dentro do PSDB.

Eu tenho consciência disso e é por isso que estou tomando as precauções. Eu não quero ser taxado de precipitado, porque eu tenho um nome, tenho uma vida pública, fui parlamentar por 10 anos.

Que avaliação o Sr. faz da condução do partido pela novo diretório municipal?

Está havendo um isolamento de um grupo. A saída de seis vereadores deveria ser profundamente lamentada por todo mundo. E não é. Parece que o pessoal acha que é isso mesmo. A saída de uma figura como o Walter Feldman, que é fundador do PSDB, e que tantos serviços prestou ao partido, deveria ser lamentada.

O Sr. acha que a disputa interna de poder entre os grupos de Serra, Alckmin e Aécio tem influenciado no desmonte do partido em São Paulo?

Eu acho que não. Aqui no Estado de São Paulo o que está acontecendo é o isolamento de um grupo. E evidentemente o fortalecimento do grupo que acompanha o Geraldo. Por exemplo: já dão como certa a eleição do deputado Pedro Tobias para o diretório Estadual. Então tudo isso mostra que não há participação, que não há democracia. É nesse sentido que vai a minha crítica. Não estão nos dando espaço político para atuar.

Diante dessas circunstâncias, qual deve ser o futuro do PSDB em São Paulo?

Eu acho que o futuro do PSDB depende da sua direção. Acho que se erros foram cometidos, que no futuro se evite que eles voltem a ser. Seria absolutamente normal que esse pessoal (vereadores) fosse chamado, que conversassem com eles. O que se vê é que quem está se manifestando sobre a saída de vereadores e do secretário Walter Feldman, o faz com alegria. O futuro do PSDB é perigoso. Eu temo pelo futuro do PSDB se essa postura permanecer. É um partido que vai encolher.

O Sr. já falou com algum outro partido? Tem alguma ideia de qual deve ser o caminho caso deixe o PSDB?

Por enquanto não. Não teria sentido falar em outro partido se ainda não falei oficialmente se deixo o PSDB. Vou primeiro meditar sobre isso, conversar sobre isso e posteriormente escolho uma legenda. Tenho claramente a intenção de continuar na vida pública. Ano que vem tem eleições municipais e meu desejo é participar. E não estou sentido que o PSDB seja, da maneira como está sendo conduzido, o melhor caminho para a permanência.

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