Construção civil abre 60 mil vagas na Bahia até 2012, diz Sinduscon

A Tarde

Nada abala a construção civil. Esta é a expectativa do Sindicato da Indústria da Construção do Estado (Sinduscon-BA), que prevê a geração de 60 mil empregos na Bahia até 2012, sendo 22 mil ainda este ano. Para se ter uma ideia, o número é 28% maior do que a quantidade de postos com carteira assinada criados nos últimos dois anos.

“Este ano, a estimativa de crescimento para o setor é de até 4% por conta dos ajustes fiscais e do atrasos no programa Minha Casa, Minha Vida. Mas, no último trimestre de 2011, vamos começar a reagir melhor, mesmo com a alta dos juros . A previsão é crescer 7,5% no ano que vem, cerca de 40% a mais do que o crescimento da economia”, calcula o presidente da entidade, Carlos Alberto Vieira Lima, computando o início das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e de infraestrutura para a Copa de 2014.

A alta do mercado imobiliário também deve aumentar a demanda por mão de obra. Só o Feirão da Casa Própria da Caixa Econômica Federal,  que termina neste domingo, 15, em Salvador, por exemplo, tem a perspectiva de chegar a cinco mil negócios fechados, contra 4,6 mil unidades negociadas na última edição.

Para cada mil empregos gerados no setor, a previsão do Sinduscon-BA é que cinco vagas sejam destinadas a profissionais de nível superior. Outras 20 devem ser destinadas a trabalhadores com nível técnico, com destaque para edificações. Cerca de 20 mil oportunidades em serviços gerais, enquanto o restante tem foco operacional.

“Hoje os salários estão melhores e as empresas estão ofertando benefícios que não existiam no passado”, avalia o diretor técnico da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA), Luciano Muricy.

Formiguinha – Nem só de grandes empreendimentos vive o mercado da construção civil. O chamado “mercado formiguinha” também comemora os bons resultados do setor e surge como boa oportunidade de investimento até mesmo para os micro e pequenos empresários.

“O mercado formiguinha, que envolve a parte de reformas e decoração que ficam por conta do cliente, está crescendo bastante, até mais do que o mercado formal das grandes construtoras”, garante o presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA), Carlos Alberto Vieira Lima.

A conta é simples: se há mais imóveis na cidade, mais necessidade de produtos e serviços voltados para os novos moradores. “Existem até mesmo oportunidades para o trabalhador autônomo, pois aí entra a necessidade de móveis, decoração e lustres, por exemplo”, acrescenta.